A
essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se no seguinte:
Existência de um Deus
único.
Crença de entidades
espirituais em evolução.
Crença em orixás e santos
chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual.
Crença em guias
mensageiros.
Na existência da alma.
Na prática da mediunidade
sob forma de desenvolvimento espiritual do médium.
Essas
são as principais características fundamentais das Leis de Umbanda, uma
religião que prega a Paz, a União e a Caridade.
A
origem da palavra Umbanda perde-se no tempo. São várias as definições que já
foram apresentadas a respeito deste nome tão sagrado.
Na
verdade, quando o vocábulo Umbanda começou a ser introduzido pelos praticantes
daquela nova religião, todos, de um modo geral, humildes o bastante para
permitirem serem instrumentos daqueles que iriam fazer grandes revelações, não
tiveram a preocupação de captar a verdadeira palavra mântrica que lhes estava
sendo passada.
A
origem do vocábulo está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena
Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a
unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas
letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal
composta O).
É
a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo
que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o
mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de
todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os
Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Já a palavra Bandha, também de
origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição,
escravidão. A vida nesta terra.
Assim,
analisando as duas palavras, podemos definir a Umbanda como sendo o elo de
ligação entre os planos divino e terreno. Infelizmente, na época da revelação
da Umbanda em terras brasileiras, não houve a preocupação em se manter a
integridade do vocábulo. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca
a ouvido e chega até nós como Umbanda.
Pelo
seu uso, o termo Umbanda, hoje já consagrado, ganhou força mântrica. Mas não
devemos nos esquecer desta origem tão sagrada. A Umbanda, em síntese, é o elo
de ligação entre a divindade e os seres humanos! É a manifestação do plano
divino no plano físico. É o despertar de Deus no coração dos homens.
As
entidades cultuadas pela Umbanda, denominadas de Caboclos, Crianças,
Pretos-Velhos, Exus e Pomba-Giras, citando somente os mais cultuados, não são
espíritos tutelares de forças naturais. São seres como nós, que já viveram e
estiveram encarnados, exatamente como nós, diferenciando-se pelo seu elevado grau.
SINCRETISMO NA UMBANDA
Este
termo é bastante usado quando se trata de religiões afro-brasileiras, e
significa uma miscigenação e conciliação de princípios, doutrinas e crenças de
diversas práticas religiosas que resulta um processo evolutivo de muitas
outras. A umbanda, por ter recebido influências de diversas culturas, não é uma
religião engessada, sendo uma fusão de elementos das religiosidades africana,
indígena, espírita e católica.
O sincretismo religioso existente na umbanda dá-se devido a
fatores histórico-culturais presentes na história do Brasil.
Durante o Brasil Colônia, os índios brasileirose
os negros eram mantidos como escravos. Eram
proibidos de expressar, cultuar ou fazer ritos de acordo com suas próprias
crenças religiosas por conta dos preconceitos (e medos) dos seus senhores, e
tinham que fingir e “aceitar” a imposição da religião Católica, pois a missão
Jesuíta era impor isso a eles, para que todas as impurezas de espírito fossem
retiradas dos “não-civilizados”. Muitos deles, ao demonstrarem essa
não-aceitação ao catolicismo, acabavam sendo severamente castigados.
Não
satisfeitos em dar continuidade às suas crenças de forma silenciosa, a saída
encontrada pelos escravos foi associar os orixás aos santos católicos que
melhor pudessem representar cada divindade. Desta forma sábia, eles puderam
contornar a ignorância e a intolerância a eles impostas e assim surgiu o
sincretismo que permanece até os dias de hoje.
A
representação dos orixás através dos santos católicos pode sofrer variações de
cidade para cidade, mas o importante é que se tenha em mente as características
e essência de cada orixá.
Veja
os principais santos na Umbanda:
·
Oxalá – Jesus Cristo
·
Oiá – Santa Clara
· Oxum –
Nossa Senhora Aparecida
·
Oxumaré – São Bartolomeu
·
Oxóssi – São Sebastião
·
Obá – Santa Joana D'Arc
·
Xangô – São Jerônimo
·
Ogum – São Jorge
·
Iansã – Santa Bárbara
·
Obaluaê – São Lázaro
·
Omulú – São Roque
·
Iemanjá – Nossa Senhora da
Conceição, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes
·
Nanã – Santa Ana
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