HOJE
EU NÃO ESTOU BEM
Geralmente
os terreiros possuem um cronograma de trabalho regular, muitos trabalham uma
vez por semana, outros quinzenalmente e assim por diante.
A corrente comprometida com o
terreiro tem ciência de que nestes dias possuem a obrigação assumida com o
astral e com a casa em si de estar presente aos
trabalhos.
Algo comum é a falta de vontade de
comparecer. Ohhhh diazinho que dá preguiça, mal estar, desânimo e as vezes até
confusão. É quase irresistível a vontade de inventar alguma desculpa para poder
faltar.
Pois bem, venho através deste texto
dizer à todos filhos de fé que isto é corriqueiro e ocorre com muito mais
frequência do que todos possam suspeitar e digo mais, é assim também para os
dirigentes. Sim, também sofremos tais influências e também sentimos o desejo de
não ter que ir trabalhar afinal, somos seres humanos como qualquer integrante
da casa.
Mas, devido a obrigação assumida,
fazemos um esforço e lá vamos nós para mais um dia de trabalho espiritual e, a
mágica acontece; é só chegar no terreiro que todos aqueles impedimentos
simplesmente desaparecem e o dia do trabalho fica verdadeiramente gratificante.
Além da satisfação da missão cumprida por mais um dia há o prazer de estar com
os amigos que são praticamente uma família, há a oportunidade de estar em
contato com os amigos do astral, guias valorosos e espíritos elevados e receber
destes os ensinamentos e as energias positivadas que são um bálsamo que
aliviará nossa alma por dias.
O trabalho espiritual na verdade é
para nosso espírito o momento de descanso. Eu costumo dizer que é dentro do
Congá que descanso minha alma e sem demagogia é exatamente isto que sinto. Se
vocês prestarem atenção verão que por maior que seja o problema atual que estão
vivenciando ou por maior que seja o desânimo com a vida, lá dentro naquelas
poucas horas tudo isso simplesmente evapora, deixa de te pressionar, deixa de
te preocupar e assim, temos ao menos algumas horas para sermos e sentirmos
apenas nosso eu, apenas o que vivenciamos espiritualmente.
A
mediunidade tem essa face, ela é interiorizar-se, quanto mais o médium consegue
mergulhar apenas em seus sentimentos naquele momento, melhor será seu trabalho
mediúnico. Não importa a vida da vizinha, do cachorro ou do papagaio a única
coisa que ocupa todo seu espaço no momento do trabalho deverá ser apenas você
com você fazendo a ligação com o Divino.
Enfim, saibam que é comum os médiuns
passarem por isso, até porque as forças de massa caminham e vibram em sentido
contrário e são geralmente negativas e fúteis e, tentam a todo custo trazer
todos aqueles que saíram deste controle coletivo de volta. Muitos imaginam que
isso ocorre devido a atuação do baixo astral ou de espíritos obsessores e eu
digo à vocês, eles não precisam nem se dar ao trabalho porque a própria energia
vivenciada no inconsciente coletivo do nosso planeta por si só já faz este
trabalho.
Não podemos nunca nos esquecermos que
fomos nós que optamos por sair dessa massa e que além dos irmãos de fé, muito
mais importante, é lembrar que a espiritualidade conta com sua ajuda nestes
dias para o SEU melhor.
DIA DE FESTA
É
certo que todas as pessoas que hoje são médiuns de uma corrente de Umbanda, no
ontem eram parte integrante da assistência do terreiro.
Nesta fase, as pessoas costumam fazer
do terreiro em questão, um ponto focado de observação minuciosa. Tudo e
absolutamente tudo é observado.
- Observa-se a vibração do terreiro,
se é agradável; se é amigável; se é séria; se é comprometida com o astral
superior; etc.
- Observa-se as entidades, suas
manifestações; suas maneiras de trabalhar; suas mensagens; seus
aconselhamentos; seus estereótipos; etc.
-
Observa-se o corpo mediúnico, o entrosamento das pessoas; a maneira como se
comportam e se relacionam; a maneira como recebem a assistência; o tipo de
conversa que trocam entre si; como se vestem e até a higiene pessoal é
observada.
-
Observa-se os Pais no Sagrado, o trato que eles dão aos médiuns e à
assistência, o comportamento em geral diante dos trabalhos e, também o terreiro
em si e o funcionamento como um todo.
Tudo
isto com o intuito de avaliação.
Chega então um grande dia, todos
estão comentando que será festa de um determinado Orixá, o simples fato do
assistente saber desta notícia já o motiva e o deixa ansioso para ver como será
a tal festa.
De início ele já nota uma diferença
na casa, tudo arrumado com mais cuidado e capricho, existe uma maior quantidade
de vasos ornamentados no recinto, toalhas especiais, tudo muito organizado e
limpo enfim, nota-se que o terreiro, assim como em sua casa, foi preparado para
receber visitantes de uma forma especial.
O
corpo mediúnico animado cantam com mais vontade os pontos e num determinado
momento são servidos pratos de saborosos alimentos. Tudo é feito com muito
carinho o que lhe dá uma sensação mais agradável ainda.
Que lindo, que delícia, realmente foi
um dia especial vivido dentro do terreiro! Pensa o assistente.
Chega um determinado momento em que
essa pessoa que até então fazia parte da assistência manifesta o desejo de
fazer parte do corpo mediúnico e depois de cumprida todas as exigências da
casa, lá está ele todo de branco do lado de dentro, no Congá.
E do lado de cá ele começa a perceber
o quanto aqueles médiuns se esforçam e trabalham para oferecerem aqueles dias
tão especiais para a assistência. É preciso colaboração para o preparo dos
pratos que serão servidos, para ornamentar adequadamente o terreiro, para
organizar e limpar, até que tudo esteja perfeitamente preparado para o momento
da festa que se realizará no dia. No final de tudo ainda resta toda sujeira e
bagunça deixada por aquelas pessoas que estavam na assistência que será
cuidadosamente limpa e arrumada pelos médiuns antes de irem embora, apesar do
cansaço de um dia longo e agitado.
Alguns compreendem a importância
deste compromisso e se entregam comprometidos colaborando o máximo possível
para manter o terreiro da mesma forma que um dia os encantou porém, outros
esmorecem. Arrumam desculpas para não chegar com antecedência e, não ajudarão
na arrumação e preparo da festa; e assim que os trabalhos terminam saem de
fininho deixando todo o trabalho ainda restante para seus irmãos de corrente.
Com
o passar do tempo os Pais no Sagrado acabam percebendo que sempre são os mesmos
filhos que lá estão dedicados realizando todas as tarefas necessárias que
deveriam ser realizada por todos.
Não demora para haver comentários ou
posturas que deixam a entender que estes, que ficam até o final cumprindo suas
obrigações são os queridinhos do terreiro.
Fiz este texto para explicar
exatamente este ponto. Não, eles não são os queridinhos.
O que ocorre realmente é que os Pais
no Sagrado tem como missão manter o terreiro dentro de um padrão de atendimento
e organização que seria impossível se não houvesse quem o ajudasse, sendo
assim, estes filhos comprometidos tornam-se grandes aliados numa causa em
comum.
O tempo que eles ficam a mais no
terreiro, limpando e organizando, acaba sendo um tempo onde a amizade entre
eles e os Pais no Sagrado vai se consolidando e há uma troca natural de pessoas
que lutam por manter aquilo que inicialmente "todos" se propuseram.
Sendo assim, filhos de fé, antes de
julgarem ou maldizerem seus irmãos ou seus Pais no Sagrado, avaliem-se
honestamente e observem se vocês cumprem com suas tarefas ou com aquilo que se
propuseram ao solicitar a permissão para fazer parte do corpo mediúnico.
Voltem ao hábito de observar, só que
desta vez, observem se vocês fazem o seu melhor, se vocês são médiuns
comprometidos ou médiuns que apenas desfrutam de tudo de bom que a casa
oferece, observem se tais maledicências ditas por vocês não passam de raiva por
não conseguirem desfrutar deste bem querer sem se esforçarem para tal, assim
como fazem com todo o resto, observem se seus comportamentos são de compromisso
real ou apenas uma máscara.
Todos enxergam quem são vocês, tanto
no plano físico como no plano astral e posso garantir que a única pessoa que
vocês conseguem enganar são vocês mesmos. Tenham uma postura adulta, que o são
e, assumam suas responsabilidades que com certeza vocês também se tornarão um
"queridinho" do terreiro.
QUER
SABER O QUE É SER UMBANDISTA
Quer
saber...
Ser
umbandista, antes de tudo é ser consciente de sua escolha.
É
se portar como adulto que é, colocando-se humildemente na posição de aprendiz.
É
assumir a responsabilidade por seus atos e escolhas, lembrando sempre que antes
de ingressar em uma
corrente mediúnica umbandista, que foi avisado que não seria fácil e que muito
seria exigido na questão da melhora íntima e, mesmo assim, que partiu de você o
desejo de participar.
É
ter amor primeiramente pela religião e seus fundamentos, buscando aprender
sempre que possível e que houver oportunidades.
É
entrar no Congá com o sentimento de servir, que sua alegria seja a mesma ao
limpar uma sujeira ou ao dar passagem à uma entidade.
É
aproveitar cada segundo do seu trabalho como cambone, oportunidade única de
grande aprendizado e proximidade com várias entidades pertencentes a faixas
vibracionais diferenciadas, se empenhando ao máximo para cumprir com suas
obrigações e se embriagar com as enxurradas de conhecimentos que estarão ao seu
dispor nesta fase.
É
sentir que a alegria de estar fazendo parte daquela corrente é maior e mais
compensador do que qualquer cansaço e qualquer contratempo.
É
entregar de fato o seus melhores sentimentos e o seu maior esforço para
colaborar com tudo o que for possível dentro de sua casa.
É
respeitar as entidades, com o mesmo peso, tanto nos momentos de consolo e
elogios como nos momentos de direcionamentos e puxões de orelha.
É
lapidar seu ego, orgulho e vaidade.
É
se preparar através do interesse, conhecimento e estudo constante.
É
compreender que como tudo na vida, demandará de tempo e muito esforço para
alcançar o patamar necessário para se tornar um médium atuante, que dependerá
muito mais de você do que a boa vontade de ajudar, ensinar e direcionar que
partir de sua casa, seus irmãos e entidades.
É
entender que todos poderão passar ensinamentos porém, caberá a você aprender.
E
só então, após cumprir todos os processos acima descritos, começar a pensar que
talvez você esteja apto a se tornar um instrumento de trabalho mediúnico para
suas entidades.
É
jamais esquecer que você é um instrumento e aprendiz constante e que mesmo como
médium atuante deverá manter a disciplina, a humildade e a obediência aos
direcionamentos provindos do plano astral.
Enfim,
ser Umbandista é muito mais e muito mais forte do que apenas as manifestações,
que na verdade é uma consequência de tanto esforço, dedicação, transformação e
aprendizado.
O
verdadeiro umbandista não denigre a casa e nem os irmãos que um dia o recebeu
com os braços abertos, e com ele conviveu durante um tempo importante de sua
vida.
O
verdadeiro umbandista, quando percebe que o terreiro ao qual faz parte não está
mais suprindo suas expectativas, por amor a Umbanda, se retira com dignidade e
amizade para prosseguir em paz sua jornada.
Enfim,
isto é ser um verdadeiro umbandista!
EU VEJO, EU PARTICIPO DESTAS BENÇÃOS
Pronto,
casa escolhida, entrada na corrente, fase de empolgação controlada é chegada a
hora de trabalhar com seriedade e comprometimento.
Na
grande maioria das casas é usual que todo médium recém chegado permaneça
durante um tempo trabalhando como cambone.
A função do cambone é de auxiliar as
entidades atuantes durante os trabalhos, providenciando os materiais
solicitados, ajudando o consulente à compreender os direcionamentos dados pelos
guias e, em termos astrais, são trabalhadores doadores de ectoplasma que é
utilizado pelo astral nas curas e trabalhos realizados tanto no plano físico
como astral, enfim, os cambones são os médiuns de sustentação dos trabalhos
realizados no terreiro.
Geralmente, nesta fase, os filhos de
fé tem a oportunidade de presenciar várias consultas e resultados das mesmas.
Vendo curas sendo promovidas, famílias reatando os laços de amizade e harmonia,
pessoas se encontrando e assim tornando-se mais fortes e confiantes, pessoas
livrando-se de vícios, reencontros e notícias de familiares já desencarnados e
o mais importante, pessoas se modificando e vivendo de uma forma muito mais
leves, felizes e próximas de Deus. São situações que geram grande alegria e
satisfação entre o corpo mediúnico pois, alcançar tais resultados são na
verdade o grande pagamento do médium e a sensação de bem estar por fazer parte
destas histórias enchem a alma de ânimo. Este é, ou ao menos deveria ser, o
único pagamento por tanta dedicação e trabalho por parte da corrente mediúnica
de um terreiro.
Este ânimo, antes de mais nada, deverá
servir como mola impulsionadora para que os médiuns revejam seus conceitos e
condutas, melhorando-se cada dia mais e mais para melhor servir. O tempo
passado como cambone numa corrente é uma benção de grande aprendizado, é uma
verdadeira escola de aprimoramento moral e intelectual. A grande maioria das
consultas realizadas pelas entidades e acompanhadas pelos cambones trazem uma
palavra ou um ensinamento que servirá para seu aprimoramento pessoal. Não
podemos deixar de lembrar que isto também cabe aos médiuns atuantes, que
conscientes, retiram para si os mesmos ensinamentos e oportunidades de
aprimoramento.
Infelizmente as palavras não fazem jus
as emoções sentidas em várias situações vividas ao fazer parte de um corpo
mediúnico diante de tantos resultados edificantes e, menos ainda, conseguiriam
expressar a benção de ser um instrumento para tais realizações.
Todo médium deve ter a consciência de
que o trabalho é realizado pela espiritualidade mas, não é "pecado"
se sentir feliz por ter sido o meio de comunicação para a realização do mesmo,
guardada as devidas proporções entre o sentimento de graça e dever cumprido do
sentimento de vaidade e orgulho.
E são estes momentos de bênçãos e
curas realizadas que como Umbandista eu vejo, eu participo!
AGORA SOU FILHO DE FÉ
Depois
da busca pela casa ideal, depois de avaliar o ambiente e seus componentes,
finalmente é chegada a hora de tomar a decisão e fazer parte do corpo
mediúnico.
Este é um momento de grande ansiedade
e felicidade. Para alguns, a emoção se equipara ao dia do casamento, afinal,
trata-se de uma decisão muito importante que com certeza mudará e influenciará
toda sua vida.
Não podemos nunca nos esquecer de que
fomos nós quem foi buscar a casa e que fomos nós que decidimos fazer parte da
mesma. Esta lembrança será muito útil nos momentos delicados, onde nosso
orgulho, ego e vaidade estiverem sendo forjados pelas disciplinas necessárias
ao preparo de um bom médium.
A primeira sensação maravilhosa ao
entrar para uma corrente é o sentimento de acolhimento que nos é dado tanto
pelo plano espiritual como pelo corpo mediúnico da casa e a segunda é sentir
que nunca mais estaremos sozinhos. Sabemos que a espiritualidade não está para
resolver nossos problemas e nossas vidas porém, sentimos que em todos os
momentos teremos companhia certa, direcionamento e um local para reabastecer
nossas energias e forças para enfrentarmos todas as situações difíceis e
necessárias que impulsionarão nossa evolução. Infelizmente, alguns filhos de fé
não compreendem isto e à qualquer sinal de vicissitudes deixam suas obrigações
de lado, se afastam de seus guias e de sua casa que na verdade é seu ponto de
força e equilíbrio.
Quando uma casa é séria e bem
dirigida, esta consegue manter, além do nível vibratório para que sejam
realizados bons trabalhos espirituais, uma cumplicidade entre seus componentes
formando uma família de coração. E assim, a sensação de companhia,
companheirismo, proteção e direcionamento são ainda maiores.
Além de toda importância espiritual
que implica esta escolha, tem sobre nós a importância social, onde passamos a
ter uma vida compartilhada dentro deste agrupamento tanto em momentos bons como
ruins.
Inicialmente tudo é empolgação que aos
poucos vai tomando consciência da seriedade e responsabilidade. É como paixão
que com o tempo se transforma em amor seguro e equilibrado. Costumo dizer que
quem foi picado pelo bichinho da Umbanda se encanta para o resto da vida.
Poder estar dentro do Congá, sentir as
energias dos guias atuando e estar ligado nesta egrégora é uma das melhores
sensações que pode haver. É um momento onde tudo se anula, onde deixamos de ser
esposas e esposos, mães e pais, filhos e filhas, irmãos, profissionais e etc.,
para sermos simplesmente nós, seres individuais com nossos sentimentos mais
íntimos rumo a nossa evolução.
ENCONTREI
Apenas aqueles que já passaram pelo
processo de busca por um terreiro para trabalhar sabe da emoção que se sente
quando encontra um local que se identifica.
Após muitas idas e vindas e muitas
decepções, finalmente chega um dia que uma casa em especial toca no coração.
O médium sabe que neste momento é o
coração quem elege a casa para trabalhar mediunicamente.
Algo atua como uma espécie de
encantamento, tudo lindo e perfeito ao nosso olhar e é um sentimento de alegria
que envolve a alma. Podemos dizer que esta é a primeira benção que um
Umbandista recebe em sua jornada.
Como dissemos anteriormente, cada casa
possui um degrau evolutivo e como tudo é energia, aquela que estiver dentro da
faixa de vibração da pessoa é a que lhe cabe, como se fosse uma roupa do
tamanho correto que vai vestir confortavelmente.
É um momento de alívio, de alegria, de
emoção que dará o impulso necessário para se seguir em frente num trabalho
mediúnico.
Porém, devemos advertir que trata-se
de uma decisão importante e de grande responsabilidade e por esta razão não
devemos tomar tal decisão calcados na emoção, precisamos ser racionais e com
cautela avaliar o local que tocou nosso coração. Aconselhamos que antes de solicitar a
permissão de ingressar na corrente que se conheça ao menos um pouco quem é o
dirigente desta casa, como é a vida dele, um pouco sobre sua história de mediunato
e que tipo de trabalho é realizado ali.
Aconselhamos a passar em consultas com
vários médiuns para avaliar o direcionamento seguido pela casa.
Aconselhamos que se informe sobre os
estudos realizados no terreiro, que é imprescindível e se possível participar
dos mesmos antes mesmo de fazer parte do corpo mediúnico.
Aconselhamos que permaneça durante um
tempo participando dos trabalhos na assistência. Tempo suficiente para observar
os componentes da corrente e se aproximar para conhecê-los.
São conselhos simples que podem evitar
muitos dissabores futuros porque o anseio de encontrar um local para trabalhar
pode antecipar uma decisão que deve ser tomada com cautela e segurança.
Enfim, ao se constatar que realmente
aquele é seu lugar, aproveite com respeito, comprometimento e alegria a dádiva
de ser um Umbandista.
GRAUS EVOLUTIVOS
O lado negro das situações existentes
nos terreiros, que expomos sem medo de encará-las conscientes de que toda casa,
hora ou outra as enfrentam, foi na verdade uma tentativa de despertar
compreensão por parte dos filhos da Umbanda.
Compreendemos que o comportamento
individual estará restrito ao grau evolutivo de cada um e tais comportamentos
como ingratidões, maledicências, traições, etc., demonstram exatamente o ponto
evolutivo em que se encontram tais filhos, que felizmente são a minoria.
Neste momento gostaria de mais uma vez
dar um grito de alerta à todos os irmãos Umbandistas:
- Toda casa, assim como cada pessoa,
possui seu grau evolutivo porém, dentro de cada casa independente de seu grau
evolutivo, sempre existirá a laranja podre dentro do balaio.
Estes "ataques internos" não
deixam de ser uma oportunidade de aprendizado e de reafirmação da condição
evolutiva de cada um ao deixar-se influenciar ou não.
O grau evolutivo do nosso planeta,
portanto o nosso, infelizmente ainda nos atraia com maior facilidade para o
negativo. Ter esta informação fixada em nosso mental nos ajuda a frearmos
nossos maus instintos quando nos encontramos nas situações posteriormente
descritas e assim, facilitando nos auto afirmarmos num novo grau de evolução,
que é o que está sendo exigido pelas energias Cósmicas.
Como disse Pai Joaquim:
- A palavra dita com sabedoria e
benevolência é bálsamo para alma porém, a palavra solta sem medir suas
consequências é faca afiada que corta almas, laços de carinho e confiança,
impedindo a união necessária para que o amor fraterno se estabeleça nos
corações.
Vale lembrar esta citação bíblica:
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham
escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! Mateus 18:7
Ou seja, ainda precisamos passar por
duras situações e testes negativos para que venha o aprendizado que nos ajudará
a moldar nossos egos, orgulhos e vaidades mas, ai daquele que as provoca.
Tenhamos isso em mente, não nos
esquecendo da Lei de Retorno de causa e efeito e, no verdadeiro esforço para
cumprirmos com os compromissos que assumimos, certamente encontraremos a paz
interior.
Penso que o grande diferencial existente
na Umbanda é justamente tais situações que nos leva a colocar em prática os
ensinamentos recebidos através da espiritualidade o que provará nosso grau
evolutivo nos afirmando cada vez mais em nossas reformas íntimas.
Incrívelmente resistentes e
instintivos, o ser humano ainda se debate efusivamente diante dos ensinamentos
que nos foi deixado à mais de 2000 anos porém, é chegado o momento da
transformação. Que possamos ter força suficiente para compreender e, acima de
tudo colocar em prática tais ensinamentos.
Após este passeio profundo e
desagradável que fizemos durante estes dias, finalmente chegou o momento de
falarmos dos pontos positivos e o lado bom de ser um Umbandista e das situações
maravilhosas que vivenciamos dentro dos terreiros.
GREGOS E TROIANOS
É comum quando as pessoas participam
dos trabalhos na assistência, acharem tudo lindo e maravilhoso porém, ao
adentrar na corrente iniciam um processo de insatisfações e de desejos de
modificações na estrutura disciplinar adotada pelo terreiro.
Sendo
assim, deixaremos alguns tópicos para se refletir:
- Queremos antes de tudo alertá-los
que onde há um grupo de pessoas, agradar a gregos e troianos, é simplesmente
impossível.
- Um filho da corrente jamais estará
de posse de todas as informações referente as necessidades da casa e de todos
os seus participantes, informações estas, que são exclusivas da direção. Sendo
assim, o que vemos normalmente é um desejo de mudanças tendenciosas que
agradará e atenderá principalmente seus próprios anseios.
- Toda e qualquer resolução
disciplinar adotada pela direção de um terreiro, normalmente se dá levando em
consideração o bem da maioria, as necessidades da casa e o mais importante,
enquadradas dentro dos fundamentos morais e disciplinares passados pela
espiritualidade que dirige e orienta a mesma. Portanto, é imprescindível
compreender que toda decisão é tomada baseando-se em uma visão global para que
possa suprir da melhor maneira possível as necessidades apresentadas pelos
filhos e pela casa.
- Compreender que viver de forma
disciplinada, nada mais é do que adotar uma forma inteligente de se levar a
vida. Afinal, para que se chegue a um ponto disciplinar, necessariamente já se
experimentou outras formas que não apresentaram resultados satisfatórios, ou
seja, geralmente a conduta disciplinar adotada é um resultado positivo após
várias tentativas frustradas.
- Ao contrário do que muitos imaginam,
a vontade de um dirigente normalmente é a última a ser satisfeita. Toda casa
que adota uma postura reta e comprometida obedece à uma sequência de quesitos
para adotar uma regra disciplinar que será imposta à todos, que são:
1 - conservar-se dentro dos padrões
dos ensinamentos e direcionamentos recebidos do plano astral.
2 - visar o bem comum o qual deverá
atender as necessidades e anseios da maioria.
3 - visar as necessidades para o bom
funcionamento da casa.
4 - e só então, após atender todos os
quesitos acima, é que a vontade de um dirigente poderá ser levada em
consideração se estiver de acordo com as demais necessidades.
Geralmente estes posicionamentos
visionários se dão na grande maioria das vezes por principiantes que ainda não
possuem uma consciência do fluxo necessário para se manter de forma regrada e
disciplinada que uma casa necessita. Por esta razão e, porque não dizer, por
esta imaturidade em relação as necessidades reais de um terreiro, apresentam
soluções utópicas imaginando que tudo ficará perfeito caso sejam adotadas.
Diante do exposto acima, queremos
apenas salientar que na maioria dos casos toda casa já experimentou diversas
formas para se regar ponto a ponta conforme suas necessidades e somente após
vários fracassos é que se alcançou algo mais próximo do que seria o melhor. Que
é necessário abrir mão das vontades individuais pelo bem comum e acima de tudo,
compreender que tudo é decidido com base numa visão global.
Neste tópico, acho oportuno deixar um
direcionamento que nos foi dado pelo Caboclo Cobra Coral:
- O terreiro nunca vai mudar ou parar
para atender um filho porque ele assim o deseja porém, o terreiro sempre irá
mudar e parar para atender um filho quando ele realmente necessitar.
FILHO
PREDILETO
Nos terreiros, além dos trabalhos
espirituais de rotina, existem várias ocasiões que se faz necessária a presença
e a colaboração dos filhos de fé. Entre elas podemos citar algumas:
- Preparo e organização em datas
comemorativas.
- Limpeza, cuidado e manutenção da
casa
- Cuidados diários para o bom
funcionamento da casa e recepção das pessoas.
- Organização e preparo para os
trabalhos que serão realizados.
Em todas as situações acima citadas
exigem um esforço extra dos filhos para que se realizem da melhor maneira
possível e podemos dizer que dentro de uma corrente existem aqueles, e
geralmente são sempre os mesmos, que se preocupam com o bom andamento do
terreiro, da mesma forma e com o mesmo carinho, que se dedicam aos seus lares,
se dispondo a colaborar por iniciativa própria em tais ocasiões e até mesmo nos
dias de trabalho normal, chegando mais cedo para colaborarem no que for
necessário.
Sendo assim, o convívio entre estes
filhos e seus dirigentes se estreitam por terem em comum o propósito de manter
a casa com o máximo e o melhor que possuem, criando um laço mais íntimo e
descontraído, próprio do comportamento do ser humano que milita numa mesma
causa.
Diante disto e conforme estamos
relatando nas postagens anteriores, sempre existem àqueles que além de não
colaborar fomentam comentários nefastos entre seus irmãos, insinuando que há predileções
dentro da corrente por parte dos dirigentes.
O texto de hoje é apenas um alerta
para tais pessoas que agem desta forma e principalmente para iniciantes que
antes de se deixar levar por tais comentários negativos, que se integrem verdadeiramente
à corrente e que se comprometa com o terreiro para tirar suas próprias
conclusões.
Como dirigente, posso garantir que na
maioria dos casos e casas, toda proximidade se dá exatamente pelo o que foi
exposto acima. É comum que haja uma proximidade entre os dirigentes e os filhos
que se empenham pelo terreiro por iniciativa própria e, que o tempo de convívio
durante estes trabalhos extras é o fator que cria uma abertura e uma maior
intimidade.
Em resumo:
- As pessoas que estão verdadeiramente
integrada na causa da Umbanda e da casa a qual faz parte sempre são vistas como
aliadas pelos seus dirigentes.
- As pessoas que fomentam as
discórdias e insinuações sempre são aquelas que ficam se oferecendo e fazendo
promessas mil, porém, não comparecem e não colaboram com nada além do que não
sejam obrigadas. Elas se mantêm no comodismo e egoísmo e ainda se vêem no
direito de achar ruim por não conseguir se integrar e ter aproximação com seus
dirigentes.
- Se você é uma destas pessoas que se
sente preterida e que fomenta insinuações de predileção dentro do seu terreiro,
experimente mudar sua postura. Saia de sua posição cômoda, mesquinha e nefasta
e passe a se empenhar na colaboração, fazendo-a de bom coração e sem esperar
recompensa por ela, e poderá constatar o quanto estava enganada em suas
avaliações.
Lembramos mais uma vez que os
discursos de caridade e de boa conduta, todos sabem de cor e salteado porém,
são apenas palavras infundadas que rolam na boca de muitos, o que realmente
conta são as ações.
Encontramos na bíblia as citações que
já nos ensinam isso à mais de 2000 anos:
"Senhor, Senhor" entrará no
Reino dos Céus, mas aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus»
(Mt 7, 21)
O homem é justificado pelas obras e
pela fé (Tg 2, 24)
"pelas obras que nascem da fé,
porque a fé sem obras é morta (Tg 2, 17)"
MÉDIUNS ORGULHOSOS E VAIDOSOS
O
orgulho, a vaidade e o ego levam muitos médiuns a derrocada em sua jornada de
trabalho. Não é raro vermos médiuns vaidosos e orgulhosos se gabando quando
recebem algum elogio ou reconhecimento de seu trabalho, fazendo questão de
espalhar para o máximo possível de irmãos da corrente que o guia o elogiou.
Porém, estes mesmos médiuns, quando contrariados, ao serem corrigidos, da mesma
forma e a boca pequena, fazem questão de espalhar para o maior número possível
de irmãos da corrente sobre a culpa do médium que passou à frente do guia,
implantando discórdias e dúvidas naqueles que são novatos e naqueles que estão
enfrentando fases difíceis em seu aprendizado. Enfim, fomentando discórdia e
maledicência dentro da casa que os abriga.
Em
resumo podemos dizer assim:
Quando o médium orgulhoso e vaidoso é
elogiado, foi o guia quem o fez porém diante de uma correção, foi o médium que
atravessou o guia. Colocando em dúvida a espiritualidade que o ampara.
A
cada um que faz parte de uma corrente mediúnica, ao se deparar com tal situação
de intriga, cabe se utilizar do discernimento para avaliar o que se sente, o
que se vê dentro do terreiro, a conduta do médium que fez o atendimento em
relação a conduta do médium que fomenta a discórdia e a dúvida, para não se
deixar influenciar, lembrando que a semente daninha floresce com muita
facilidade nos corações daqueles que não praticam o "Orai e Vigiai"
ensinado pelo mestre Jesus.
A
princípio, o simples fato de agir desta forma, o médium denuncia que sua
conduta moral e espiritual é frágil e deficiente diante do compromisso assumido
ao adentrar numa corrente mediúnica, dando asas as manifestações negativas
regidas e sustentadas pelo ego estremecido.
Cabe
aos dirigentes estarem alertas para tais situações e se sustentarem com firmeza
e segurança em sua conduta moral através de exemplos e disciplina para que tal
semente não floresça.
Fazer
parte de um corpo mediúnico é uma escolha que deve ser tomada de forma
consciente, onde assumiremos o compromisso real de buscarmos a evolução através
da nossa reforma íntima que será direcionada pela espiritualidade. Tendo em
mente que as correções e lapidação do orgulho, ego e vaidade não é um ato que
deve ser apreciado apenas quando adotado com um irmão e sim quando se volta à
nós mesmos.
Isso
não quer dizer que não nos sentiremos mal ou melindrados nos momentos de tais
situações e correções, somos muito falhos para conseguirmos passar por estas
fases sem que nos afete em nosso orgulho, vaidade e ego porém, existe a diferença
entre se sentir chateado e até envergonhado pelo erro cometido da disseminação
da discórdia e dúvidas lançadas dentro casa que nos abriga na intenção de
encontrar aliados e assim satisfazer nosso orgulho ferido.
Lembrem-se:
-
Fomos nós que procuramos por nossas casas e da mesma forma, fomos nós que
escolhemos e nos comprometemos com as disciplinas adotadas nas mesmas.
-
Ninguém é obrigado a permanecer em um local ao qual não se sente bem e nem a
concordar com as disciplinas adotadas, caso isso estiver acontecendo, tenha a
dignidade de se retirar com educação e gratidão. Afinal, no momento que você se
dispôs e buscou por ajuda, as portas se abriram para você. Tenham isso sempre
em mente.
-
Não existe condições de trabalhar espiritualmente sem que haja confiança.
-
A maledicência e a difamação servirá apenas para macular sua própria imagem e
não a da casa que o abrigou.
-
Toda casa possui aqueles que fomentam o negativismo, esta também é uma forma de
provarmos nossa força e determinação colocando em prova os ensinamentos
recebidos pela espiritualidade.
-
Sejam verdadeiros consigo cumprindo com as responsabilidades assumidas ao
adentrar no corpo mediúnico ou então retirando-se antes de dar asas aos maus
instintos para denegrir àqueles que cumprem com suas obrigações.
A
ROUPA DE CORDEIRO
Muitos filhos de
fé, ao chegarem no terreiro é como se houvesse um vestiário onde literalmente
trocam a pele do lobo pela pele de cordeiro durante as poucas horas que
permanecerão ali, esquecendo que com este procedimento enganam exclusivamente à
eles próprios.
Os guias nos ensinam que tudo é energia, incluindo
os seres humanos, e que aquele conceito utópico que ao adentrar numa corrente
mediúnica que todos se transformarão em anjos de candura amando uns aos outros
é impossível dentro do grau de evolução em que nos encontramos. Nos lembram
também que energias iguais se atraem e ao encontrar com uma pessoa que trás em
si uma energia completamente oposta a nossa, imediatamente nos causa a reação
de antipatia. Até este ponto estamos abordando exclusivamente do fluxo natural
da vida e temos que nos lembrar que ainda temos os graus evolutivos individuais
que podem trazer a tona a inveja, o despeito, a maledicência, o egoísmo e etc
etc etc...
Diante do exposto, os guias nos orientam da seguinte
forma: - Ninguém espera que vocês alcancem a angelitude e, nem muito menos, que
ignorem seus sentimentos porém, é imprescindível que haja o respeito uns com os
outros e a boa vontade de conhecer e compreender seu próximo. Que tudo aquilo
que nos afeta de forma negativa ao observar o próximo, ou seja, tudo aquilo que
condenamos e que nos irrita ao observar um irmão é exatamente o que somos.
Nestes momentos temos que lembrar que nos irritamos
justamente porque estamos diante do nosso espelho que está se expondo na figura
do irmão e que tal conduta que nos afeta é o que mascaramos e tentamos esconder
de nós mesmos. Enfim, ninguém reconhece aquilo que não possui.
Outro ponto muito comum é a indisciplina e a
resistência em acatar os fundamentos e moral adotados pela casa em que nos
encontramos. Ao adentrar na corrente todos tomam ciência de tais condições
porém, no decorrer do dia a dia, muitos resistem em seguir conscientemente tais
disciplinas que se comprometeram em acatar quando fizeram a escolha de
ingressar na egrégora daquela casa. Hoje em especial, temos as redes sociais
onde geralmente constatamos as máscaras caindo, onde podemos notar com clareza
o lobo que cada um trás em si. Alguns espertinhos, incluem postagens bloqueando
os irmãos da corrente para que não tenham consciência de suas transgressões
porém, tais condutas sempre caem por terra, sempre há o momento em que o
bloqueio não funciona, que um outro alguém que não está incluso neste bloqueio
comente a respeito, enfim, a farsa dura pouco. Os médiuns, necessitam adotar
uma postura adulta e consciente e compreender que a melhor lição é o exemplo,
que ao tentar enganar seu dirigente e seus irmãos de corrente em relação a sua
conduta está enveredando por um caminho de ilusão e acima de tudo provando sua
pouca fé, porque realmente eles podem conseguir enganá-los durante determinado
tempo mas, da espiritualidade ninguém se esconde e tais situações com toda
certeza será desmascarada exatamente no momento em que a espiritualidade julgar
necessário. E ter consciência que nossa indisciplina e má conduta
irá malucar a integridade da casa a qual pertencemos e principalmente a
Umbanda.
Outro ponto muito recorrente em grupos, seja ele de
qualquer seguimento, são as fofocas, intrigas e maledicências. Neste quesito
penso que não preciso nem fazer uma avaliação dos que agem de tal forma, apenas
desejo ressaltar e alertar à todos que se encontrar numa situação onde um irmão
vem maldizer o outro que naquele momento ele estará falando do outro e na sua
ausência poderá estar falando de você, sendo assim, cabe à você que realmente
trás em seu coração o desejo de buscar por sua melhora íntima não fomentar e
não compactuar com tal atitude se recusando a ouvir o que normalmente é
relatado de forma distorcida e maldosa.
Todos temos a capacidade e inteligência de tirar
nossas próprias conclusões, não precisamos que ninguém venha vestido de
pele de cordeiro, como se quisesse nos alertar de algo mas que na verdade é um
ato maldoso com o intuito de denegrir um irmão ou a casa onde estamos!
Lembrem-se que aquele que tem um olhar crítico de forma salutar, busca a
própria pessoa para alertá-la de alguma eventual deficiência em sua conduta e
não um terceiro para fomentar discórdia e dúvidas da conduta e moral da pessoa.
Em uma casa séria e comprometida com a moral ensinada
por Jesus e a espiritualidade, não permite e não é condizente com tais
posturas, tem em seus dirigentes uma pessoa diuturnamente atenta para tais
situações, conscientes das falhas humanas, disciplinando e orientando todos
aqueles que se encontram com tais deficiência conduta. E sendo tal dirigente
realmente comprometido com a moral e conduta reta, todas suas limitações, são
supridas pelo trabalho da espiritualidade que trará ao seu conhecimento, de uma
forma ou de outra, tudo aquilo que possa denegrir a casa que dirige ou fomentar
discórdia em sua corrente.
Resumindo
- Lembre que se uma pessoa fala mal de alguém para
você, no amanhã você poderá ser o assunto dela com outro. Tais pessoas só
precisam encontrar um que o ouça!
- Todos temos nossas deficiências porém, todos nós
também temos nossas qualidades e inteligência para tirar nossas conclusões por
nós mesmos não nos deixando ser influenciados por opiniões alheias.
- Que o verdadeiro médium que é comprometido com a
missão que escolheu e adotou como filosofia de vida, possui exatamente a mesma
conduta dentro e fora do terreiro.
- Que nossa postura e nossos exemplos são o espelho
da casa a qual adotamos como nossa em nossos corações e da Umbanda.
- Que uma pessoa que não assume uma conduta moral
reta nunca conseguirá se ligar à espíritos elevados e será presa fácil para os
zombeteiros e espíritos maldosos que primam por derrubar por terra a egrégora
da Umbanda.
- Que o terreiro não é um conto de fadas, você terá
que conviver com pessoas que te causam antipatia porém, seu comprometimento o
fará respeitá-las e ter com as mesmas um bom convívio social.
- Que a convivência com pessoas que conflitam com
nossos conceitos é justamente uma grande escola que nos levará a aprender na
prática a respeitar o livre arbítrio e o grau evolutivo de cada um, da mesma
forma que somos tratados pelas entidades atuantes na Umbanda além de
reconhecermos em nós mesmos o que nos incomoda no irmão.
- E mais uma vez, lembrar que foi você que se dispôs
e escolheu a casa que trabalha, que seguir as regras é uma questão de
comprometimento e verdade com você mesmo em sua busca interior, que ser
indisciplinado, não adotando uma postura reta e tentar enganar seu dirigente e
seus irmãos, só prova sua falta de fé na espiritualidade que atuará para
esclarecer sua postura incorreta. Ter em mente que sem esforço, nunca
conseguiremos sair do vício que a sociedade nos condiciona em termos de
futricas, discórdia e intrigas. E se você faz parte deste grupo de pessoas que
pensam que podem enganar a espiritualidade, eu aconselho que reveja seus
conceitos e que busque outro seguimento para sua vida pois, na Umbanda você não
encontrará espaço para tal conduta.
- Que se você não der a chance de conhecer o lado
bom daquele irmão que lhe causa antipatia, estará atraindo para si a mesma
faixa vibracional e vai se deparar exatamente na mesma situação onde outras
pessoas da mesma forma não estarão dispostas a conhecer seu lado bom.
Lembrem-se, ninguém é de todo o mal e nem de todo o bem, cabe a nós conseguir
atrair um destes lados com as nossas atitudes.
- E finalmente lembrar que de nada adiantará vestir
a pele de cordeiro ao adentrar no terreiro se é o lobo quem você alimenta
diariamente!
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