quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A PARABOLA DO SEMEADOR

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Naquele mesmo dia Jesus saiu de casa e se sentou à beira do lago. Uma grande multidão se juntou ao seu redor. Havia tanta gente que Jesus entrou num barco e se sentou; e toda a multidão permanecia de pé na praia. Jesus lhes ensinou muitas coisas por meio de parábolas. Ele dizia:
— Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram. Outra parte caiu no meio de pedras, onde havia pouca terra. Essas sementes brotaram depressa, pois, a terra não era funda, mas, quando o sol apareceu, elas secaram, pois não tinham raízes. Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos, os quais cresceram e as sufocaram. Uma outra parte ainda caiu em terra boa e deu frutos, produzindo 30, 60 e até mesmo 100 vezes mais do que tinha sido plantado.  Quem pode ouvir, ouça.
Os discípulos de Jesus, então, se aproximaram dele e lhe perguntaram:
— Por que o senhor ensina o povo por meio de parábolas?
E Jesus lhes respondeu:
— Somente a vocês é dado o privilégio de conhecer as verdades secretas do reino do céu e não aos outros. Pois quem tem, receberá ainda mais e terá em abundância. Mas quem não tem, até o que tem lhe será tirado. E é por isto que ensino o povo por meio de parábolas: Eles olham, mas não vêem; ouvem, mas não entendem. Portanto, por intermédio deles acontece o que disse o Isaías:
“Vocês ouvirão mas, mesmo ouvindo, não conseguirão entender; vocês olharão mas, mesmo olhando, não conseguirão ver.
Isto acontece pois o coração deste povo está endurecido.
Eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos.
Se não fosse assim, eles poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e entender com o coração, e se voltariam para mim e eu os curaria”.
 — Mas felizes são os seus olhos, pois eles podem ver; e os seus ouvidos, pois eles podem ouvir. Digo a verdade a vocês: Muitos profetas e homens justos desejaram ver as coisas que vocês vêem, mas não viram. Eles desejaram ouvir o que vocês ouvem, mas não ouviram.
            Jesus explica a parábola do semeador:
 — Ouçam o que a parábola daquele que semeia quer dizer. A semente que caiu à beira do caminho representa a pessoa que ouve a mensagem a respeito do reino, mas não a compreende, e Satanás então vem e tira as coisas que foram semeadas em seu coração. A semente que caiu no meio de pedras representa a pessoa que ouve a mensagem a respeito do reino e a aceita imediatamente e com muita alegria. Mas, como não tem raiz, não dura muito tempo. Assim que encontra dificuldades ou que é perseguida por causa da mensagem, abandona a sua fé. A semente que caiu no meio de espinhos representa a pessoa que ouve a mensagem a respeito do reino, mas, é sufocada pelas preocupações com as coisas desta vida e pela ilusão das riquezas. Essa pessoa não produz nenhum fruto. Mas a semente que caiu em terra boa representa a pessoa que ouve a mensagem e a compreende. Essa pessoa cresce e produz muitos frutos, algumas vezes trinta, outras sessenta e outras ainda cem vezes mais.

O MONGE E O ESCORPIÃO

O MONGE E O ESCORPIÃO

Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então a margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.
Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

POMBA GIRA DA PRAIA

POMBOGIRA DA PRAIA

Pombogira da Praia ou Pombagira Morena da Praia (fazendo alusão à seus cabelos escuros) é uma entidade muito bem vista nos terreiros de Umbanda. Para esta entidade, que está fortemente ligada ao amor, só a união - aspecto que não temos mais em nossa sociedade - pode consertar o mundo.

História
Um dia, durante um passeio pela praia, se apaixonou com um jovem marinheiro. O jovem procurou os pais da moça, pois queria casar-se com ela. Marcado o dia do casamento para algumas semanas, o jovem foi chamado para uma missão em alto mar. Ao se despedir de sua amada, a olhou nos olhos e disse que a amava, e ela prometeu espera-lo todos os dias no cais até que voltasse.
Todos os dias após a viagem, a jovem o esperava como havia prometido. Passado muitos meses, um navio desembarcou na praia e a jovem moça correu até o encontro dos marinheiros que ali estavam para perguntar a um dos jovens que descia do navio sobre o paradeiro de seu amado; foi então que soube que o navio que ele embarcou havia naufragado e que não houveram sobreviventes.
A linda moça com seu coração apaixonado e partido, não acreditou na história e jurou que esperaria seu amado pelo resto de seus dias. Assim, a moça, ficou conhecida como Morena da Praia, pois sentava-se no cais todos os dias esperando a volta de seu amado.

Características da Entidade
Pombagira da Praia é uma moça de longos cabelos pretos, pele clara e estatura normal, guardiã do amor sincero. 
Extremamente discreta e tímida, esconde-se através de seus capuzes e mantos.
Trabalha na praia de água salgada e doce, incluindo rios, embora seu ponto de força seja na água salgada(mar). Recebe oferendas na primeira encruzilhada antes de chegar na praia e, em raros casos, solicita receber o agrado na beira da praia.
Enquanto não trabalha materialmente, sua alma vaga pelo mundo capturando espíritos de má índole - quiúmbas e eguns - e os prende no cruzeiro do mar(dentro do mar), impossibilitando que eles retornem, pois acredita que não possuem cura. 
Na praia é mulher e na água é sereia.
Cor: azul marinho escuro.
Roupa: veste um longo vestido azul marinho escuro com prata ou com preto ou com branco.
Bebida: Vinho suave (o mais doce possível).
Flor: jasmim.
Falange: não possui falange.
Vela: azul marinho escura ou branca.
Linhagem: trabalha na linhagem de Yemanjá.
Complemento: Exú Maré. Também simpatiza com Marabô.

Características dos seus protegidos
Transmite aos seus protegidos todo o encanto do mar, entregando à eles, na maioria dos casos, grande poder de atração de amor(seus protegidos normalmente estão acompanhados ou, no caso de não estarem, não possuem grandes dificuldades em arrumar um pretendente), olhos claros e sorriso encantador.
Extremamente discretos, odeiam sobressair-se através de escândalos ou anarquias, embora adorem atrair atenção de maneira natural. 
Seus protegidos possuem grande poder de sedução e normalmente possuem poucos inimigos, sendo queridos por todos ao seu redor. Embora sejam enigmáticos, suaves e frágeis, possuem grande imponência, isto é, tem noção de sua importância e consideram seus feitos uma grandiosidade. 
Trazem muita firmeza na voz, o que faz com que todos ouçam quando decida falar e consigam enganar com grande maestria, mesmo que ela não suporte a mentira e não o faça com grande frequência. Quando é a protetora de uma casa, o ambiente costuma ser úmido, gelado e suscetivo ao mofo.

Sua ajuda em terra
Quando viveu, teve grandes problemas em relação ao amor, por isso vêm à Terra para ajudar nesse quesito. Os detentores de sua proteção são pessoas que estão destinadas à sofrer por amor, e precisam desenvolvê-la para amenizar esses problemas. 
Também ajuda na questão de saúde, pois ficava dia e noite ao céu aberto na praia; 
Na família, tendo em vista que nunca possuiu uma; 
E na gestação, já que nunca teve filhos. É comum dizer que as moças que são acompanhadas por esta Pombagira são inférteis, e, por isso, é melhor fazer uma oferenda para ela antes de tentar engravidar.