QUEM
SÃO OS EXUS?
Ao
contrário do que se pensa os exus não são os diabos e espíritos malignos ou
imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos endurecidosou
obsessores que um grande número de espíritas crêem. Os "diabos" ou
demônios são seres mitológicos, já "desvendados" pela doutrina
espírita, portanto, não existem.
Espíritos
trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados perante à
Lei. Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde
pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se
comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazerou por vinganças, calcadas
no ódio doentio.
Aguardam,
enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível(voluntária
ou involuntariamente). Recuperação essa, geralmente efetuada pelos Exús.São
conhecidos, pelos umbandistas, kimbandistas, etc., como kiumbas, rabos de encruza
ouquiumbas. Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.
Este
baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos
eatitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs
paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada,vícios de
toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os rabos de encruza (kiumbas)
secomprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
O baixo
astral, mesmo num imenso caos, tem diversas organizações, fortemente
esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes prodigiosas,
táticas de guerrilhas, precisões cirúrgicas, exércitos bem aparelhados e
treinados, compõe o quadro destas organizações.
Muito
delas, agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina,onde
confundem a Lei da Ação e Reação com o "olho por olho, dente
pordente". Vingam-se pensando que fazem a coisa certa. Algumas agem no
mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto a vingança não se
consumar, não haverá trégua para os seus "inimigos". Acham que não
plantam o mal, nem que a Reação se voltará mais cedo ou mais tarde. Cada mal
praticado por um espírito, o leva a cada vez mais para "baixo".
As quedas
são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.Alguns espíritos caem tanto que
perdem a consciência humana, transformando-se (ou plasmando) os seus corpos
astrais (perispíritos) em verdadeiras feras, animais pestilentos (ratos,
escorpiões, tarântulas), bestas e assim são usados por outros espíritos como
tais.
Alguns se
transformam em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc. Outros espíritos
chegam ao cúmulo da queda que perdem as características humanas e animalescas,
transformando os seus perispíritos em ovóides (considerada como se fosse uma
cápsula de um tormento íntimo constante). Esta queda provoca além da perda de
energias, a perda da consciência. Ficam também subjugados por outros espíritos.
Apesar de
todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas. Mesmo sabendo que no nosso
orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da Lei, do Bem. E
este lado é tão e mais organizado que as organizações das trevas. Existem,
também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas com um único
objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos"caídos".
Vemos
colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos Umbrais,
caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e
afinizados aos trabalhos dos centros espiritualistas e espíritas. Vemos também,
outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros. Seja na Umbanda,
Candomblé, etc. Especificamente, na Umbanda, vemos através das Sete Linhas,
vários Orixás hierarquizados. Existem vários níveis na hierarquia dos Orixás.
Começando
pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os Orixás
Menores ou Planetários (aqueles que são ligados e responsáveis por cadaorbe,
pela sua evolução). Temos como exemplo de Orixá Menor, o próprio Mestre Jesus,
que está na linha de Oxalá e é considerado Oxalá, mas como Orixá Menor. Mesmo
sendo Orixás Menores, este espíritos são de alta escol. Abaixo destes Orixás,
estão os chefes de falanges e suas hierarquias, estes espíritos
"chefes" usam as três roupagens básicas : Caboclos, Pretos-Velhos e
Crianças. Apenas na linha de Yorimá ou Obaluaie manifestam os pretos-velhos. Na
linha de Yori ou Ibeji as crianças. Nas demais linhas (Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô,
Iansã e Yemanjá) manifestam-se os Caboclos.
Outras
entidades tais como : baianos, boiadeiros, marinheiros, ondinas, sereias,
iaras, etc., são espíritos que compõe as sub-linhas afeitas e subordinadas à
sete linhas e aos chefes de falanges. Alguns caboclos, crianças ou
pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para determinados
trabalhos ou missões. Como em nosso Universo (Astral) as manifestações se
dividem em duas e manifestam-se como pares : positivo-negativo, ativo-passivo,
masculino-feminino, etc. A Umbanda que é paralela ativa, tem como par passivo a
Kimbanda (não confundir com a kiumbanda, que é a manifestação das trevas).
A
Kimbanda, que é a força paralela passiva da Umbanda, força equilibradora da
Umbanda. A Kimbanda - São os Sete Planos Opostos da Lei, é o conjunto oposto da
Lei. Quando falo em "oposto" à Lei, não quero dizer aquilo que está
em desacordo à Lei, mas a maneira oposta de como a Lei é aplicada. Na Kimbanda
que os Exus se manifestam, a Kimbanda, portanto é o "reino" dos Exus.
Os Exus são os "mensageiros" dos Orixás aqui na Terra. Através deles,
os Orixás podem manifestarem-se nas trevas. Então, para cada chefe de falange,
sub-chefe, etc., na Umbanda, temos uma entidade correspondente (ou par) na
Kimbanda.
Os exus,
são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no sub-mundo do
"crime" organizado. As "equipes" de Exus sempre estão
nestas zonas infernais mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela
mas, não fazem parte dela. Devido a esta característica, os Exus, são
confundidos com os kiumbas. Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente
dizem que eles são de lá.
HIERARQUIA
DOS EXUS
Os Exus estão também, divididos em hierarquias. Onde temos Exus muito
ligados aos Orixás Menores até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos
às trevas. Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e
em sete graus. A divisão está formada "de cima para baixo":
TERCEIRO CICLO
Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus. Neste Ciclo, encontramos os Exus
Coroados : são aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções demando.
São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de falanges da
Umbanda. Poucos são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns
médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado
como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro. Não mais
reencarnam, já esgotaram há tempos os seus carmas. Sétimo Grau - Estão os Exus
Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau,
portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de
Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião,
portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange. Quinto Grau - Estão os Exus Chefes
de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu
Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.
SEGUNDO CICLO
Contém o Quarto Grau Exus Cruzados ou Batizados : são subordinados dos
Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns que se
manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da
segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras
(entre a Luz e asTrevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações. Quarto Grau
- Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e
estão subordinado a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes
de Agrupamento.-
PRIMEIRO CICLO
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus Temos dois tipos de Exus
neste ciclo: Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de
atuação encontra-se entre as sombras e as trevas. Exus Pagãos - São subordinados
aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e
o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-encruza". Aceitam
qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por
isso. São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores.
Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem
vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada. São ex-kiumbas, capturados
e depois adaptados aos trabalhos dos Exus. O campo de atuação dos Exus Pagãos,
é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São
muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração
nas trevas. Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes
de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são
16807 Exus Chefes de Coluna. Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna.
São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de
Coluna, portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.Primeiro Grau - Estão os
Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.
A ATUAÇÃO DOS EXUS
Os Exus,
em geral, sob a nossa ótica, não são bons nem ruins, são apenas executores da
Lei. Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus. A
maneira dos Exus atuarem, às vezes nos chocam, pois achamos que eles devem ser
caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes transviadas no
mal?
Os exus
usam as ferramentas que sabem usar : a força, o medo, as magias, as capturas,
etc. Os métodos podem parecer, para nós, um pouco sem "amor", mas
eles, sabem como agir quando necessitam que a Lei chegue nas trevas. Eles
ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles que querem
"cair" nas trevas.
Quando a
Lei deve ser executada, Eles a executam da melhor maneira possível doa a quem
doer. Há um ditado muito providencial que diz :"Cuidado com o que se pede
a um Exu, pois poderá ser atendido." Ou seja, se um Exu se manifestar e
pedirmos que ele faça o mal, ele poderá fazê-lo, mas ou porque ele sabe que
esse mal retornará a quem o pediu ou porque não tem noção do que está fazendo
(um exu pagão). Os exus, como executores da Lei e do carma, esgotam os vícios
humanos, de maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio
veneno, da mesma maneira que a picada de uma cobra venenosa. Assim, muitos
vícios e desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar:
Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um tratamento
de choque.
Normalmente
ela, após muitas quedas, recorre a uma religião e torna-se fanática, ou seja,
ela esgota o seu desequilíbrio, com outro desequilíbrio : a falta de fé com o
fanatismo. Parece um paradoxo? Sim, parece, mas é extremamente o necessário.
Outro exemplo é o vicio às drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar
este vicio: ou a prisão, a morte, uma doença, etc. A Lei é sempre justa, às
vezes somente um tratamento de choque remove um espírito do mal caminho. E são
os exus que aplicam o antídoto para os diversos venenos.
Os Exus,
estão, ligados de maneira intensiva, com os assuntos terra-a-terra (dinheiro,
disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles executam aos diversos pedidos
materiais dos encarnados. Os Exus tem sob o domínio todas as energias livres,
contidas em: Sangue, cadáveres, esperma, etc. Por isso, seus campos de atuação
são: cemitérios, matadouros, prostíbulos, boates, necrotérios, etc. Eles lá
estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas dos kiumbas e espíritos
endurecidos que se comprazem nos vícios e na matéria. O kiumbas, seres astutos,
conseguem se manifestar como um exu, num terreiro muito preso às magias negras
e assuntos que nada trazem elevação espiritual.
Ao se
manifestarem, pedem inúmeras oferendas, trabalhos, despachos, em troca destes
favores fúteis. Normalmente eles pedem muito sangue, bebidas alcoólicas e fumo.
Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que fazem as mulheres que procuram estes
"terreiros", pagarem as suas "contas" fazendo sexo com o
médium "deles". Ou seja, eles vampirizam o casal, quando o ato sexual
se efetua. Mas, e os verdadeiros exus deixam? É uma pergunta que comumente
fazemos, quando estes disparates ocorrem.
Os exus,
permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou médiuns.
Como disse, os métodos dos exus, para fazer com que a Lei se cumpra, são
variados. Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exus,
não podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a ambos
um prejuízo enorme. Outras vezes, os exus, deixam que isso aconteça, para criar
"armadilhas" contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros,
são facilmente capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos
de suas organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros,
depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exus, causando doenças
que afastam os médiuns, as pessoas, etc. "Ai daquele que provoca um
escândalo, mas o escândalo é necessário"
A ROUPAGEM FLUÍDICA DOS EXUS
A
roupagem fluídica dos Exus, variam de acordo com o seu grau evolutivo, função,
missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usamo uniforme
adequado. Seu aspecto tem sempre a função de amedrontar e intimidar. Suas
emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações magnéticas
causam sensações mórbidas e de pavor. É claro que em determinados lugares, eles
se apresentarão de maneira diversa. Em centros espíritas, podem aparecer com
"guardas". Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi
verificado que alguns se apresentam de maneira fina: com ternos, chapéus, etc.
Eles tem
grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres horrendos,
animais grotescos, pessoas de fino trato, etc.
OFERENDAS PARA EXUS
Devemos
oferendar aos exus?
Os exus,
como já foi dito, atuam intensamente no sub-mundo astral. Grandes batalhas são
travadas entre o bem e o mal. Muita energia é despendida nestas investidas e os
exus, por atuarem assim, acabam gastando enormemente as suas reservas
energéticas. Depois de vários "dias" trabalhando, eles se recolhem em
seus "quartéis" e repõem parte destas energias e aproveitam e
estudam, discutem novas táticas,etc. Quando fazemos alguma oferenda para os
Exus, eles "capturam" as energias dos elementos oferendados, ou a
parte etérica e "recarregam as suas baterias".
Mas
(podemos perguntar), se o exu é um espírito, porque ele precisa de oferendas
materiais?
Como eles
estão ligados ao terra-a-terra e ao sub-mundo astral que é muito denso, os exus
precisam retirar dos elementos materiais a energia que gastaram em seus
trabalhos.
Quais
elementos podemos oferendar?
Devemos tomar muito cuidado com o que
oferendamos, pois, os elementos mais densos (sangue, carne, cadáveres, ossos),
são atratores de espíritos endurecidos, que sentem necessidade de elementos
materiais.
Além
destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis
vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam. Estes níveis são e
foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis estão mais
relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são
mais estados de consciência do que um lugar fisicamente localizado. Como são
níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra,
estes níveis estão vinculados ao próprio planeta.
Portanto,quando
vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismo sob a crosta terrestre,
devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos,
elas estão no lado espiritual deste plano físico. Temos então, Sete Camadas
Concêntricas Superiores e Sete Camadas Concêntricas Inferiores.
A divisão
está sempre formada "de cima para baixo":
CAMADAS CONCÊNTRICAS SUPERIORES
Sétima,
Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas Seres iluminados, isentos das
reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta,
muitos já estagiam em outros mundos superiores. Quarta Camada - Zona de
Transição Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas. A maioria
dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em reparações e
aprendizados para novas reencarnações. SUPERFICIE - Espíritos encarnados.
CAMADAS CONCÊNTRICAS INFERIORES
Sétima
Camada - Zona Sub-Crostal Superior Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das
Sombras Zona Purgatoriais ou de Regeneração Quarta Camada - Zona de Transição
Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados. Terceira,
Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas -Zona Sub-Crostal Inferior. Os
seres estão em estágio de insubmissos, renitentes e ostensivos às Leis Divinas.
Não reconhece Deus como o Ser mais superior. A atuação dos Exus, está
praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda
e Primeira Camadas, que eventualmente eles "descem" para missões
especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais
"ambientados" com as baixas e perniciosas vibrações. Não que os Exus
não podem "descer" até lá, mas porque é desnecessário criar uma
guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.
A maioria
dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais, não chega
sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou médio e alto umbral.
Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam as sombras e não as trevas,
pois os espíritos que fazem tais incursões não podem ou não devem
"baixar" mais, pois somente cabe aos exus, espíritos especializados
"descer" tanto.
AS MANIFESTAÇÕES DOS EXUS SOBRE OS MÉDIUNS
Através
do dom do oráculo, ou mediunidade, os espíritos conseguem manter intercâmbio
com os encarnados. O contato dá-se através das várias modalidades mediúnicas,
seja ela a vidência, clarividência, clari-audiência, psicografia, psicofônia,
etc. No movimento umbandista, as entidades, normalmente manifestam-se ou pela
incorporação ou pela radiação intuitiva. A incorporação é a modalidade
mediúnica mais utilizada, por várias razões, trazendo as comunicações da
"boca" dos próprios espíritos, ou seja, eles estão no momento da
manifestação, presentes e próximos aos encarnados. A incorporação traz como
benefício, a confiabilidade das comunicações, já que podemos "ver" o
espírito manifestado, reconhecendo-o através de seus próprios movimentos,
ações, voz, etc.
Assim, é
possível manter estreito contato entre o espírito e o consulente. Na
incorporação, o espírito comunicante, não "entra" no corpo físico do
médium, mas apenas toma as "rédeas" da situação, controlando o corpo
físico com ou sem a intervenção do médium. O espírito, assim, apenas se
aproxima do corpo físico, mas não o toma ou "entra" nele. A
incorporação divide-se pela intervenção ou não do médium em: Incorporação
Semi-consciente. Na semi-consciente, o espírito do médium se afasta um pouco do
corpo, mas mantém ligação consciente com ele, enquanto que o espírito
comunicante assume algumas funções motoras do corpo físico. A
semi-inconsciência pode variar de intensidade, ou seja, o médium pode ter um
grande grau de consciência.
O médium,
tem, enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de consciência, vendo a
manifestação como se estivesse distante ou alheio. A noção de tempo, também, é
diferente, pois mesmo depois de algumas horas de incorporação, o médium tem a
noção de que se passou apenas alguns minutos. Estas ligações mediúnicas,
através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através do corpo astral
do médium. Os espíritos comunicantes usam, assim, os chacras do médium
correspondentes à sua linha de atuação. É claro que os demais chacras são
utilizados, mas há sempre o chacra principal de ponto de contato e manipulação.
Quando a
entidade "incorpora" ou nos momentos pré-incorporativos, um médium,
pode sentir a diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue
distinguir uma entidade da outra, pois as vibrações energéticas de cada
entidade são diferentes umas das outras. Um erê (criança) se manifesta
utilizando o chacra laríngeo (localizado na garganta ou laringe), por isso que
o corpo do médium fala com uma voz mais afinada, do tipo criança. Os exus por
sua vez, também, usam os chacras correspondentes, mas como estão muito ligados
ao terra-a-terra, usam bastante o chacra básico ou genésico. As pombas-giras,
como são exus, usam muito o chacra genésico (glândulas sexuais) para se
manifestarem. Por dominarem e controlarem as energias relacionadas ao sexo,
elas "carregam" este tipo de vibração.
Por esta
característica, um médium "sente" uma mudança significativa no seu
padrão vibracional, pois uma pomba-gira está "atirando" suas
vibrações afins. Por isso, pode-se causar certo incomodo no médium, pois o seu
centro genésico é estimulado no lado astral e suas glândulas sexuais são
estimuladas no lado material e ele pode sentir a mesma sensação de excitação.
Na verdade é apenas uma energia se manifestando e o médium deve saber
diferenciar uma excitação normal de uma manifestação de um exu. Se o médium,
cair na tentação e deixar-se levar, ele poderá se prejudicar, gastando a sua
energia à toa. Também, a pomba-gira, por encontrar no médium, energia sexual
saturada, esgota-a nos momentos iniciais da incorporação.
Da mesma
maneira, a pomba-gira, esgota a energia sexual de um consulente mais excitado.
Elas, realmente se divertem com isso, mesmo estando trabalhando seriamente
neste assunto. Também, devemos relevar que muitos médiuns põe para fora todo a
sua libido nos momentos de incorporação de uma pomba-gira. Claro que as
pombas-giras reconhecem isso na hora e podem até reajustar a sintonia do
médium, dependendo do seu merecimento. Outro fato muitíssimo importante é a
manifestação de uma kiumba passando-se por uma pomba-gira. Deve-se tomar muito
cuidado, pois certamente ela estará apenas vampirizando as emanações sensuais
do médium, podendo prejudicá-lo seriamente. Também, devido à classificação dos
exus, pode ser que seja mesmo uma pomba-gira, mas uma rabo-de-encruza ou uma de
nível bem próximo às trevas.
Como elas
não tem muito conhecimento do bem e do mal, podem também, prejudicar um
médium.Vale lembrar que às vezes, um consulente, pode ficar fascinado ou
encantado com uma pomba-gira. Isso é perigoso para a pessoa, já que pode
desequilibrar-se. O que fazer então ? "Orai e vigiai" é o lema de
todo médium. Devemos estar atentos não com os vícios alheios, mas com os
nossos. Devemos direcionar as energias desequilibrantes e transformá-las em
energias salutares, em ações benéficas. Podemos, por imperfeição, ter os nossos
vícios sexuais, mas através de um verdadeiro exu pomba-gira, podemos nos curar
com a ajuda de nossos esforços. Quando vemos então um médium, que manifesta uma
pomba-gira, e acharmos que está excitado, devemos mantermos vigilantes para que
nós não caiamos nas vibrações sensuais que nos prejudicarão. Na verdade o
médium, como ser muito sensível, está apenas deixando que as vibrações se
manifestem por ele.
Um bom
exemplo disso, quando um espírito sofredor se aproxima de um médium, este sente
todas as dores, como se fossem as suas mesmo, mas na verdade é apenas um reflexo
que o médium sente. A vibração é do espírito sofredor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de
todos estes aspectos, devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiães,
pois eles estão do lado da Lei e não contra elas. Vamos encará-los de maneira
racional e não como bicho-papões. Eles estão sempre dispostos ao
esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos
aprender muito com eles, porém, ao conversar com eles, devemos tomar muito
cuidado com comportamentos dissimulados, com falsidades e ou mentiras. Estas
entidades, caminhantes rumo à evolução, desprezam tais atitudes, abominando
toda tentativa de tais expressões. A franqueza e a lealdade são consideradas
por eles as primeiras atitudes que devemos adotar para evoluir.
Sempre
ouvimos dizer:- Cuidado ao conversar com um Exú. Este alerta se dá justamente
por conta do hábito de dissimular do ser humano. Que diante de um Exú, poderá
se transformar numa forte discução, onde ele fará seu consulente, admitir e
aceitar suas podridões, seus desajustes.
Diante disto, eles sempre alertam seus seguidores.
- Mentir para o meu burro é fácil, porém, mentir
para mim é uma tentativa vã!
Estamos
numa época que o sobrenatural, o maravilhoso e o milagroso já não existem. As
informações devem ser espalhadas e discutidas. Não sejamos ingênuos aceitando
tudo como verdades absolutas, usemos a razão e o discernimento para separar o
joio do trigo. não deixemos, também, que apenas os outros saiam a pesquisar.
Empreendemos, também, a nossa viagem ao desconhecido e exploremos os aspectos
que até agora manteve-se na obscuridade. Este ensaio é despretensioso e não
tenta encerrar o "Arcano" (segredo) Exu, mas, apenas ajudar às
pessoas a iniciarem as suas próprias explorações. Contestar este pequeno
trabalho, de maneira racional e desprovida depreconceitos, com argumentos , é
para mim um grande presente.
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