Sacrifício de animais
Nossa terreira
tem três alicerces que regem nossos trabalhos: a umbanda, a quimbanda (exus e
pomba giras) e a nação (orixás).
Cada lado tem
seu fundamento específico, mas interligados pela energia e principalmente pela
missão, que é a de ajudar a todos que necessitam.
Na umbanda
usamos ervas, perfumes, fogo, passes, etc. No nosso fundamento, não usamos
sangue em hipóteses alguma e a caridade é a principal característica, mas
colaborações tanto em velas como em espécies são bem vindas, pois nenhuma casa
de religião sobrevive sem verbas e doações.
Já na Quimbanda,
lidamos com problemas mais densos. Os casos que vem para este lado são mais
complicados e o médium durante seus anos de evolução utiliza o sangue nas suas
imagens e em seus rituais e deve ser cobrado o axé.
Mas é importante
ressaltar que animais só são usados em situações complicadas, principalmente,
em casos envolvendo doenças, onde o animal é tratado com respeito. Na nossa
terreira é cortado para os exus e pombas giras em duas ocasiões: quaresma ou em
agosto. Mas sempre com orientação do guardião de exu da casa: Sr. Tranca Rua do
Cruzeiro das Almas.
Na nação o uso
de animais é mais comum, pois os orixás são pura energia, e o cavalo de santo
necessita desta energia para evolução e para a realização destes rituais, que
exigem uma forte energia e deve ser cobrado o axé.
De qualquer
forma, a nossa terreira, tem espaços para todos que querem cumprir sua missão,
dando oportunidade a todos os seres humanos que buscam uma evolução espiritual.
Tendo respeito e
compreendendo a energia que envolve estas situações, tudo corre tranquilamente.
O uso da palavra “pena” quando falamos de animais, demonstra que a pessoa
desconhece o fundamento e a missão que temos a cumprir.
Para salvar uma
criança que vai nascer, que foi desacreditada pelos médicos, usamos todos os
recursos possíveis. Se um assistido vier por causa de uma doença grave, também
usaremos todos os recursos possíveis. Todo tratamento vai passando por estes
três alicerces.
É claro que no
início tentamos ajudar com a Umbanda e só em último caso, a Quimbanda ou nação,
que utilizam animais. Mas o importante é ajudar quem necessita e sem mitos
envolvendo animais e verdades sem fundamento, por desconhecimento do que
fazemos.
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