Cruzamento
na Umbanda
São obrigações de fortalecimento, de
reforço, de fé, que são feitas com o fim de aproximar as entidades que compõe
sua manifestação em benefício do médium.
É neste momento que o médium recarrega suas
energias e reafirma sua fé na Umbanda e na Quimbanda e nos trabalhos que
realiza. Durante o ano o médium se dedica ajudando os assistidos e no
cruzamento ele se dedica a cuidar de si, buscando uma sintonia com a natureza e
suas entidades!
São momentos importantes, porque
confirmam a fé do médium. Um cruzamento é feito em sítios, matas próximos a
cachoeiras e rios.
Estas obrigações são de fortalecimento
como uma aproximação do médium com as entidades dos reinos aos quais
naturalmente todo o gênero humano está ligado e desta forma beneficiando física
e emocionalmente o médium.
Para tanto, o ritual utiliza ervas
(orientadas pelo plano espiritual), bebidas não alcoólicas, mel, banha ori,
pemba, o pano de cabeça de cada médium e a guia referente ao cruzamento que será feito, materiais estes que servem para lavar nossas cabeças e
dar assim a energia necessária para mais um período de trabalhos!
As bebidas geralmente utilizadas em
nossa terreira são o guaraná e a água mineral sem gáz.
Em algumas casas usa-se, além do guaraná,
a cerveja preta (doce), cerveja amarela, vinho tinto suave, vinho tinto seco,
vinho branco, espumante e até cachaça, mas nossa casa e o nosso fundamento a
qual temos não colocamos bebida alcoólica na cabeça, mas podemos servir as
entidades com essas bebidas na mata junto com suas oferendas. Ex.: cerveja
preta para Xangô, cerveja amarela para Ogum
Cada Terreira tem alguma variação neste
ritual, mas todas tem o mesmo significado: confirmação da fé do médium!
Os médiuns que realizam sete (7)
cruzamentos são coroados caciques de umbanda.
Contudo, devem lembrar que são coroados
para servir, na humildade e com responsabilidade! Nunca para se vangloriar de
sua evolução.
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