É
o Orixá mais humanos e todos, sua semelhança com nós é impressionante. Sua
ligação com o ser humano é tão intensa que é o mensageiro entre os homens e os
Orixás.
Dono
das encruzilhadas e da chave que abre os caminhos é responsavel pela boa
abertura dos trabalhos, sendo assim suas obrigações, cortes e saudações são
feitas sempre em primeiro lugar.
Está
profundamente ligado a atividade sexual. É o portador mitico do sêmem e do
útero ancestral.
CARACTERÍSTICAS DO ORIXÁ BARÁ
Dia da semana: Segunda- Feira
Cor: vermelha
Guia: vermelha
Saudação: alupo
Apelido: menino
Animal de estimação:
rato
Santo que representa:
Lodê: São Pedro, demais Barás: Santo Antônio.
Dia do Ano: 13 de junho
e 29 de junho
Parte do corpo Bará
rege: esqueleto, pênis, pâncreas, uretra, urina, sangue.
Ferramentas: foice,
chave, corrente, garfo, ponteira, punhal e cachimbo.
Lugar de oferendas:
cruzeiros abertos, fechados, encruzilhadas.
Aves: galo vermelho ou
casal de galinhas d'angola
Pombo: preto e cinza
Quatro - pé: bode preto
para Bará Lodê, cabrito branco para Bará Agelú
Peixe: pintado
Frutas: manga, ameixa
vermelha, butiá, maracujá, cana-de-açúcar.
Flor: cravo vermelho
Doce: caramelo, mel,
negrinho (brigadeiro), bombons etc.
Ervas: fumo brabo,
dinheiro em penca, arruda macho, alevante guiné, orô, arnica, cipó-mil-homens,
carqueja, canela.
CLASSIFICAÇÕES
DO ORIXÁ BARÁ
Bará
Elegba
Responsavel, pelo inicio e fim da vida dos
homens, está nas fronteiras entre o bem e o mal, participa das grandes decisões
entre o sim e o não.
Sobrenomes:
Birim, Bô, Bikuim, Borokum, Croni, Dalé, Denin, Elauê, Grajé, Jebí, Ro, Romí,
Ingué, Craví, Lobí, Lonã, Lolú, Lebá, Motim, Nabué, Naum, Nabuê- denim, Omulum,
Tolabí, Tolalú, Xê.
Bará
Lodê
É
o Orixá das chaves que abrem ou fecham os caminhos, para todas as existencias.
Cuida de todos os cruzeiros, da estrada, do mato ou da rua. Bará Lodê é o
senhor do destino.
Sobrenomes:
Alupagema, Açuã, Beí, bô, Bemi, Berí, Bomi, Bicuim,Borocum, Denim, Djeteiú, Dalé,
Elupanda, Elauê,Fumí, Fumilaió, Lonã, Lakê, Modibau,Motim, Nabuê, Obí, Obe-
emí, Sapatá, Xê.
Bará
Lanã
É
ele quem abre as estradas e atalhos organizando os caminhos.
Sobrenomes: AAguidê,
Aguidê- Omí, Apandá- Lanã, Açanã, Bí, Bilanã, Belomí, Borocum,Borocum- lanã,
Croni, Digui, Dê, Dei, Darê, Emí, Funiquê, Raraxé, Ro, Romé, Crajau, Caminoloa,
Lakê, Mí, Odeí, Omulúm, Tuke, Tirirí, Tirirí- lanã.
Bará
Adague
Responsavel
pela defesa do Ilê. É o decodificador das mensagens dos orixás atravez dos
buzios.
Sobrenomes:
Ajanadá, Aguidê- omí, Aguidê, Borocum, Berim, Bí, Belomí, Birim, Bomi,
Caminoloa, Diki, Deí, Epanadá, Inguê, Craví, Larom, Lonã, Lapô, Naum, Sebiú,
Tuki, Tuebí.
Bará
Agelu
Regula
a multiplicação de todas as formas de vida sobre a terra.
Sobrenomes:
Apanadá, Bi- omí, Bí, Darê, Deí, Demí, Eim, Funiquê, Gebí, Grajé, Idê, Lolú,
Lonam, Lobí, Nique, Remí, Tolalú, Tolabí, Unã.
Filhos
de Bará
Aqueles
que são regidos por Bará, apresentam uma personalidade muito marcante e um
comportamento cotidiano muito diverso. São pessoas altamente fiéis aos seus
princípios, aos amigos e ás suas causas. São corajosos e dedicados. Amáveis,
não medem esforços nem sacrifícios para auxiliar aqueles que ama. Excelentes
amantes, a virilidade é uma característica básica daqueles regidos por este
orixá.
Características
Positivas: São comerciantes hábeis e espertos, profissionalmente sempre chegam
ao seu objetivo, mesmo que para isto tenham que se empenhar de corpo e alma
para conseguirem seus intentos. Fortes, capazes, românticos, felizes,
participativos, francos, espertos, inquietos, saudáveis, sinceros, astutos,
atentos, rápidos, despachados e sagazes.
Características
Negativas: Severos e exigentes ao extremo, caprichosos, extremamente vaidosos e
ambiciosos. Brigões, debochados, brincalhões, sempre esperam uma recompensa por
aquilo que fizeram.Tem caráter dúbio, sendo gentil e maldoso ao mesmo tempo.
Lenda
Conta
a lenda que houve uma demanda entre Bará e Oxalá para que pudesse saberquem era
o mais forte e respeitado, e foi aí que Oxalá provou a sua superioridade pois,
durante o combate, Oxalá apoderou-se da cabaça de Bará a qual continha o seu
poder mágico transformando-o assim em seu servo. Oxalá então permitiria que
Bará a partir de então recebesse todas as oferendas e sacrifícios em primeiro
lugar. A Importância de Bará é fundamental, uma vez que ele possui o privilégio
de receber todas as oferendas e obrigações em primeiro lugar, nenhuma obrigação
deve ser feita sem primeiro saudar a Bará. É o dono de todas as encruzilhadas e
caminhos, é o homem da rua, quem guarda a porta e o portão de nossas casas,
quem tranca, destranca e movimenta os mercados, os negócios, etc. Bará também
nos confirma tudo no jogo de IFÁ (Búzios).
Conta-se
que Aluman estava desesperado com uma grande seca. Seus campos estavam secos e
a chuva não caia. As rãs choravam de tanta sede e os rios estavam cobertos de
folhas mortas, caídas das árvores. Nenhum Orixá invocado escutou suas queixas e
gemidos. Aluman decidiu, então, oferecer a Bará grandes pedaços de carne de
bode. Bará comeu com apetite desta excelente oferenda. Só que Aluman havia
temperado a carne com um molho muito apimentado. Bará teve sede. Uma sede tão
grande que toda a água de todas as jarras que ele tinha, e que tinham, em suas
casas e dos vizinhos, não foram suficientes para matar sua sede. Bará foi á
torneira da chuva e abriu-a sem pena. A chuva caiu. Ela caiu de dia, ela caiu
de noite. Ela caiu no dia seguinte e no dia depois, sem parar. Os campos de
Aluman tornaram-se verdes. Todos os vizinhos de Aluman cantaram sua glória:
•
Dono dos dendezeiros, cujos cachos são abundantes;
•
Dono dos campos de milho, cujas espigas são pesadas!
•
Dono dos campos de feijão, inhame e mandioca!
E
as rãzinhas gargarejavam e coaxavam, e o rio corria velozmente para não
transbordar!
Aluman,
reconhecido, ofereceu a Bará carne de bode com o tempero no ponto certo da
pimenta. Havia chovido bastante.
Uma
outra lenda conta que Bará sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os
orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador
e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se
realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e
animação a todos.
Sempre
foi assim, até que um dia os Orixás acharam que o som dos tambores e dos
cânticos estavam muito alto, e que não ficava bem tanta agitação.
Então,
eles pediram a Bará, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a
paz voltasse a reinar.
Assim
foi feito, e Bará nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de
todos.
Um
belo dia, numa dessas festas, os Orixás começaram a sentir falta da alegria que
a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.
Novamente,
eles se reuniram e resolveram pedir a Bará que voltasse a animar as festas,
pois elas estavam muito sem vida.
Bará
negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora
censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que
encontrasse.
Logo
apareceu um homem, de nome Alabê. Bará confiou-lhe a missão de tocar tambores e
entoar cânticos para animar todas as festividades dos Orixás. E, daquele dia em
diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros
Pais e denominados Alabês.
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