Por que nascemos médiuns?
Poderia, também, considerar: somos todos
médiuns?
Numa visão simplista, poderia ser observado
que todas as pessoas são médiuns, tendo em vista a sua formação (resumida), em
espírito, corpo astral e corpo físico. Muitos segmentos filo-religiosos têm
esta convicção, considerando o fato de todos sermos dotados de espírito e
matéria, ligados pelo corpo astral. Entretanto, nossa escola não é partidária
desta teoria, tendo em vista que se todos fossem médiuns, não haveria
necessidade de intermediários entre o plano Espiritual e físico, e estaríamos
vivendo um momento evolutivo alto e puro, sem as nossas vicissitudes humanas.
Isto
posto, a qualidade de ser médium está intrinsecamente ligada à habilidade e
responsabilidade, especialmente nos que militam nas esferas do Movimento
Umbandista. Se no momento há certo desdém em relação às características de
médiuns e aos diversos tipos de fenomenologia mediúnica, suportada por alguns,
dirá se todos a tivessem sem compreendê-la. Certamente, os manicômios estariam
abarrotados!
Assim
sendo, se por um lado compreendemos que nesta jornada "estamos"
médiuns, há a percepção de que algo diferente existe, que em momento algum,
torna as pessoas com estas características, superiores às outras. E, por outro,
o fato de "ser" médium, trás à responsabilidade, tendo em vista o
aspecto volitivo do indivíduo, ou seja, a sua vontade de exercer esta
qualidade, quando da sua encarnação.
Se
nascermos com qualidades de médiuns, nascemos por nossa vontade (quando nos é
permitido) ou por vontade da espiritualidade (quando nos é imposto). Nossa
vontade pressupõe que antes de encarnarmos o desejamos para servir de
instrumento aos desígnios de Deus, cuja condição, para a maioria, é latente,
inclusive com o desconhecimento consciente durante toda uma jornada, por
motivos vários. Ao imposto, servirá de possibilidade para remição de faltas,
orientado pelo livre arbítrio de cada um e a aplicação da habilidade em favor
do próximo ou mesmo viver situações nada agradáveis: como por exemplo, aquele
que veio com uma habilidade de vidência e lhe é facultado à possibilidade de
ficar vendo a sua vítima do passado.
Para
os médiuns que apresentam estas habilidades, considerando a sua missão,
responsabilidade e aplicação, por ocasião da sua encarnação, para suportar os
graves entrechoques energéticos, demandas, etc., têm seus corpos astrais
preparados para esta finalidade, tendo em vista que os médiuns são suscetíveis
de perdas energéticas em algumas ocasiões, provocadas por ambientes e seres
astralizados, que corroem suas energias.
O
nascer na condição de médium, percebido e exercido em favor dos outros pela
pessoa, trará o cumprimento da sua responsabilidade. De modo diferente, o
desperdício ou mesmo a não realização, quando consciente, será analisado e possivelmente
"cobrado" quando do retorno ao plano astral.
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