segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CONDUTA E RESPONSABILIDADE DO MEDIUM DURANTE AS SESSÕES

A CONDUTA E A RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM UMBANDISTA DURANTE AS SESSÕES

A Umbanda é uma religião que possui como objetivo basilar o desenvolvimento mediúnico e o atendimento aos necessitados. Trata-se de tarefa que exige muita responsabilidade e dedicação.
O Terreiro de Umbanda é um Templo Sagrado e deve ser respeitado como tal por todos aqueles que nele adentrarem. Esse respeito se exige e se espera principalmente do corpo mediúnico do próprio Templo.
Apesar do toque dos atabaques e batidas de palmas, a sessão de Umbanda não pode ser considerada uma “festa”. O Médium deve estar concentrado e focado em sua missão, permitindo que suas entidades possam se manifestar e cumprir a missão à que foram designadas.
O respeito e a concentração devem existir em todas as sessões, independentemente da Linha que será trabalhada. Muitas pessoas acreditam que pelo fato de linhas com a de Baianos, Crianças, Marinheiros, etc., trazerem alegria, não precisam dedicar o mesmo respeito e concentração que é destinada as Linhas tidas como sérias, como por exemplo, a de Caboclos e Pretos Velhos.
Trata-se de erro grave.
Todas as linhas merecem o mesmo respeito e a mesma concentração do médium, pois todas elas são manifestadas por espíritos de luz, que vêm de Aruanda prestar auxílio a todos os necessitados, inclusive ao próprio médium.
Na Umbanda, o médium é o elo de uma corrente, a qual deve estar em perfeita sintonia. Se um dos elos está fraco e desconcentrado, toda a corrente sofrerá as consequências. O trabalho fica mais “pesado” e vulnerável a manifestação de “kiumbas”.
Por tal razão, o médium ao adentrar ao terreiro, deve se preocupar unicamente com seu progresso espiritual e deixar para o lado de fora todo e qualquer assunto ou comentário estranho ao seu desenvolvimento.
Além disso, para um bom andamento dos trabalhos, o médium deve evitar:
- conversas paralelas durante a sessão;
- risadas e brincadeiras;
- cruzar os braços e encostar-se a parede;
- saídas desnecessárias e exageradas (cozinha, banheiro, etc.);
- desconcentrar o irmão que está ao lado;
Entre outras atitudes que geram desconcentração e acabam por atrapalhar o seu progresso e o progresso de toda a casa.
O médium umbandista, deve ainda ter muito cuidado com a vaidade, orgulho e a pressa. São vícios que o afastam da verdadeira missão e impedem o progresso espiritual.
 A vaidade e o orgulho fazem com que o médium se sinta o melhor médium existente dentro da casa. Acredita que apenas suas entidades são capazes de resolver este ou aquele problema; questiona ensinamentos superiores; não valoriza o que as outras entidades e chefes da casa ensinam; usa aparatos desnecessários e chamativos, apenas para satisfazer seu próprio ego, entre outras coisas.
A pressa faz com que o médium queira “se formar” logo. Em menos de 3(três) anos de terreiro, já força seus guias que ainda estão em aproximação, riscar pontos, usar bengalas, enfeites, bicos (no caso da linha de criança), etc.
O médium deve entender que a mediunidade é algo a ser trabalhado a longo prazo e não em poucos meses. A pressa faz com que a entidade fique “engessada”, ou até se afaste, pois o médium está atendendo suas próprias vontades e não a vontade do guia.
Por isso, o médium deve ser paciente e deixar que seu desenvolvimento ocorra naturalmente. Pois, nenhuma entidade gostaria de usar um “aparelho” com vícios, pois sua missão não seria alcançada.
O desenvolvimento mediúnico é a preparação do médium para começar a cumprir seus objetivos espirituais. E , ao contrário do que muitos pensam, ela não se encerra com a coroação. Na verdade, após a coroação é que a batalha começa de verdade, pois, analogicamente, o soldado deixa de ser um mero aprendiz e assume o fronte. 
Desse modo, nós, médiuns umbandistas, devemos procurar nos livrar de todos os vícios que maculam nosso progresso espiritual, a fim de colaborar com o bom andamento das sessões, buscando nossa evolução e evolução de nosso Templo, para que ele seja repleto de luz e harmonia. Evitando ser o autor de atos e atitudes que gerem desconcentração e que desvirtue os objetivos reais de cada sessão. Só assim, poderemos, de fato, ajudar a nós mesmos e aqueles que procuram auxílio. A Umbanda não é brincadeira!
Pensemos nisso, a Umbanda precisa de nós e não podemos decepcioná-la!
Avante Filhos de Fé.


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