Por Rodrigo
Queiroz
Por volta do
século III, nasceram na Arábia dois irmãos gêmeos Cosme e Damião, filhos de
família nobre estudaram medicina na Síria e depois foram para Egéia. Não se
sabe como e nem em que momento, mas estes tornaram-se discípulos do
Cristianismo.
Se utilizando da
arte médica, tinham como intenção a conversão religiosa das pessoas, crendo no
poder da oração aliado á medicina, conseguiram grandes êxitos pelas curas
oferecidas e nunca cobravam por isso. Ganhando assim a simpatia de todos e
muitos convertendo.
Chamou atenção dos
governantes da época ainda “pagãos” e como provocaram a ira dos mesmos, em
especial Diocleciano que os acusou de feitiçaria por não renunciarem a fé
cristã, este os sentenciou para receber tormentos bárbaros. Vendo que isto não
os abalava então determinou que os decapitassem. Assim Cosme e Damião morreram
como mártir em 303 na Egéia.
São Cosme e São
Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos. Por causa da
sua simplicidade e inocência, são invocados também como protetores das
crianças.
NA UMBANDA:
São Cosme e São
Damião foram sincretizados com a linha de trabalho das Crianças, sem precedente
uma vez que no histórico dos mesmos ao contrário do que muitos pensam não eram
crianças e não se declinavam especificamente á cuidar de crianças, por fim não
se sabe precisar em que momento eles foram associados ás crianças, o fato é que
todos nós adoramos a tão esperada festa de Cosme e Damião, comemorada no dia 27
de Setembro.
Doces, bolos,
balas, brinquedos e guaraná são alguns dos ingredientes presentes nesta festa,
na qual os templos de Umbanda invocam a linha das Crianças.
Quem são estes
espíritos infantis?
O primeiro impacto
quando alguém se depara com um adulto de chupetas no pescoço e brincando de
carrinho ou boneca é gargalhada na certa. Depois vem a pergunta: são espíritos
crianças?
Por muito tempo
acreditou-se que sim, mas dentro do estudo das condições do espírito humano
sabemos que esta idéia não procede de fato.
Existe uma vertente de pensamento que prega ser estes espíritos, seres adultos que tomam a forma infantil para desenvolver entre nós encarnados o propósito do trabalho. Porém fica outra dúvida: se a capacidade curativa e renovadora destes espíritos está na pureza de seu magnetismo, seria um espírito cheio de experiências assim tão puro?
A Ciência Divina, revelada na Teologia de Umbanda Sagrada explica que não. Existem várias dimensões da vida e uma delas chamamos de Encantada, onde lá habitam seres infantis, não que sejam seres de pouca idade, porém infantis quando citamos a pureza, inocência, magnetismo puro é disto que estamos falando.
Existe uma vertente de pensamento que prega ser estes espíritos, seres adultos que tomam a forma infantil para desenvolver entre nós encarnados o propósito do trabalho. Porém fica outra dúvida: se a capacidade curativa e renovadora destes espíritos está na pureza de seu magnetismo, seria um espírito cheio de experiências assim tão puro?
A Ciência Divina, revelada na Teologia de Umbanda Sagrada explica que não. Existem várias dimensões da vida e uma delas chamamos de Encantada, onde lá habitam seres infantis, não que sejam seres de pouca idade, porém infantis quando citamos a pureza, inocência, magnetismo puro é disto que estamos falando.
No livro
Arquétipos de Umbanda, de Rubens Saraceni, publicado pela Editora Madras, o
autor cita na página 99 o seguinte trecho: “ O
arquétipo fundamentou-se nos espíritos ainda infantis regidos pelas mães
Orixás, encantadas da natureza, que os acolhem em seus vastos reinos na
natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e alcancem um novo
estágio evolutivo, já como espíritos naturais” . Saiba que este
processo é longo e demorado. Logo, estes espíritos infantis são maduros quando
o assunto é Deus, pois da existência Dele não duvidam, é como se vivessem
próximos do Criador e justamente esta falta de fé que nós encarnados
demonstramos os entristecem.
Temos então na linha
das Crianças, espíritos que nunca encarnaram, são “encantados” pois vivem numa
dimensão paralela a nossa só que com magnetismos puros de sua natureza
individual.
Como atuam?
Quando
manifestados, estes espíritos promovem profundas renovações magnéticas no
complexo energético do encarnado, sutilizando nossas energias e nas suas
“brincadeiras” nos ajuda a desbloquear sentimentos negativos, desta forma limpa
as pessoas e as aliviam.
Por se manterem
com intensa vibração pura é que facilitam as curas tão famosas.
Incorporados brincam com brinquedos e comem doces em geral.
Incorporados brincam com brinquedos e comem doces em geral.
De onde vêm os ERÊS? são crianças ou seres de
outro plano?
Quem
esmiúça o conteúdo que o Blog irá tratar nesse texto é a obra do sacerdote e
escritor umbandista Rubens Saraceni, e para escrever esse
texto utilizamos o livro Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada, Gênese
Divina da Umbanda Sagrada e Os
Arquétipos da Umbanda.
Você já
deve ter ouvido dizer sobre a Linha das Crianças ser formada por seres
encantados que incorporam nos médiuns se identificando
como crianças, correto? Se sim, hoje você vai entender as razões pela qual
a Umbanda Sagrada traz essa interpretação para a manifestação dos êres
e/ou ibejis. Agora, caso você nunca tenha ouvido dizer sobre isso, antes de
começar a leitura siga o que Pai Alexandre Cumino ensina “esvazie seu
copo e se permita a uma nova informação”.
Êres são espíritos de crianças
desencarnadas?
Na
perspectiva que trataremos nesse texto a resposta é um sonoro NÃO.
Por que? Entendemos a manifestação das crianças, que têm uma maior visibilidade
no mês de Setembro em decorrência do sincretismo religioso (falaremos mais
disso amanhã!), como a “vinda” de seres encantados de outro plano da vida ao qual
chamamos de Plano
Encantado, para o
contato com os humanos e seus dilemas.
Essa
manifestação é “guiada” por espíritos adultos, ou seja pelos
guias.. Pretos Velhos, Caboclos, Baianos enfim os guias aos quais já
estamos familiarizados.
Esses
espíritos fazem a comunicação com nosso plano visando entender nossas questões e isso acontece porque eles
representam o estágio anterior ao nosso. No plano em que vivem se relacionam
diretamente com as divindades que os regem e nesses reinos não há dúvida sobre
a existência de Deus e suas Divindades.
Os seres
do Quinto Plano da Vida não discutem as divindades que os regem, porque as vêem
o tempo todo e não têm porque duvidar de sua existência
Gênese
Divina de Umbanda Sagrada, pág. 241
Essas
entidades estão em ritmo de desenvolvimento de suas individualizações que no plano anterior se igualava com
a de outros seres, ou seja, no Quinto Plano os
encantados começam a perceber os 7 Sentidos da Vida (mental) e vão deixando pra trás
o caráter instintivo (emocional) pelo qual seus impulsos eram movidos
anteriormente. Em linhas gerais, os encantados são os “estagiários” do Plano
Natural ao qual pertencemos,
eles estão se preparando para esta forma de vida e também por isso mantêm
contato com nós, para poder encarnar pela primeira vez.
Plano Encantado
A concepção
de que existe 7 Planos da Vida em que os seres se desenvolvem justifica a
existência do Plano Encantado ou Quinto Plano da Vida. Nele se desenvolvem os
seres supracitados em seus reinos que são regidos por tronos (pais e mães orixás),
nesse plano também existem 49 dimensões encantadas que correspondem ao nosso
planeta, enfim isso já é aprofundamento nesse estudo.
O que
queremos deixar claro aqui é que “da onde vem” os erês e ibejis manifestados na Linha das Crianças existe um objetivo pleno que é o
de abrir os sentidos e as faculdades desses seres para que eles tenham
capacidade de se diferenciar entre si, de desenvolver suas
percepções sobre o todo, de se sensibilizar e sentir a vida como nós sentimos.
O livro Gênese Divina de Umbanda Sagrada, descreve
os seres desse estágio que desenvolveram sua consciência como “senhores de suas
faculdades mentais relacionadas aos Sete Sentidos da Vida, ao ponto de chegar
um momento em que se tornam irradiadores naturais de vibrações mentais”.
A pureza,
simplicidade e até mesmo a dificuldade de compreensão das adversidades humanas
é marca registrada dos encantados já que ainda não entendem o que
é a vida nesse planeta.
Em
contrapartida os “pequenos” são
manifestadores naturais dos sentidos da vida e quando nós entramos em contato com
eles somos inundados pelo sentido da vida a qual são regidos, e da forma
mais pura despertamos em nosso íntimo as questões que tangem esse sentido,
seja ele fé, amor, conhecimento, justiça, lei e todos os sentidos ao qual
entendemos como 7 Linhas de Umbanda.
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