domingo, 15 de dezembro de 2019

EXU TOMA ÁGUA?

EXU TOMA ÁGUA?
    É bom lembrar que um Exu, uma pombo gira, um caboclo ou um preto velho podem beber água quando incorporados no médium, ou a água de coco.

    Ficar cerca de 4 horas incorporados sem se hidratar é prejudicial a saúde do médium.
     Muitos acham que Exu não bebe água. Sim Exu bebe água!
    Água é elemento de trabalho. Na tronqueira de Exu também tem água. Água é fonte de vida.
    O médium não morre durante o processo de incorporação. Incorporação não é possessão.
    O Uso do fumo e do álcool não são obrigatórios durante o processo de incorporação. Não há necessidade de um “exu” consumir 10 charutos.
    Assim como não há necessidade de uma “pombo gira” fumar 3 maços de cigarros e tomar 3 garrafas de cachaça.              Como não há necessidade de um “preto velho” utilizar 1 garrafa de vinho. Tudo é equilíbrio. Todo excesso esconde uma falta. Seja de disciplina ou conhecimento.
    O fumo é utilizado para o descarrego não por vício da entidade. Vale lembrar que ao invés de utilizar o cigarro comum que as pombo gira usam é recomendando utilizar cigarrilhas ou mini charutos, pois eles são menos agressivos e não contém o excesso de substâncias químicas que o cigarro comum têm.
   O charuto quando feito de ervas específicas se torna menos agressivo que o tradicional. Importante falar que a entidade, não traga charuto, ou cigarro, elas puxam e soltam a fumaça.
     É bom orientar que é totalmente errado a “entidade” jogar fumaça no rosto do consulente.
     Também não é ético a “entidade” servir bebida alcoólica a assistência. O álcool é elemento de trabalho.
     Sobre o elemento álcool, existem entidades que apenas passam cachaça na mão do médium para descarregar, sem ao menos beber um gole do seu marafo.
     Assim também existem entidades que manipulam água junto com aguardente, tornando um elemento forte de trabalho.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO


VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO


A insegurança leva alguns médiuns a “forçarem a barra". Movidos pelo medo do julgamento alheio, interferem na incorporação e aumentam os trejeitos do guia. É o caso de quando observamos aquele sotaque forçado, o giro excessivo, a risada exagerada. Entendam, não é preciso provar nada para ninguém. A entidade veio para fazer a caridade, não para receber aprovação dos olhares dos outros.
Cada médium manifesta os guias de uma maneira bem particular. Alguns apresentam mais trejeitos, com sotaque, andar, e movimentos mais característicos do arquétipo da entidade. Enquanto outros nem tanto, sua presença é menos marcante e sua manifestação mais sutil. E não há nenhum problema nisso.
Para que a entidade faça sua caridade, ela não precisa disso. O passe, o descarrego, a cura, a abertura de caminhos, entre outros, dependem mais de uma manipulação energética do que como a entidade se apresenta. Estas bênçãos da espiritualidade se originam da união entre a vibração do guia com o do médium, irradiado na força dos Orixás, sustentado pelos assentamentos do terreiro.
Os trejeitos auxiliam a caracterizar a linha de trabalho do guia, sendo fiel aos arquétipos que representam. Muitas vezes, a entidade utilizam-se de um desses elementos mais pela falta de fé do consulente do que por real necessidade.
Um exemplo é o conhecimento da tecnologia moderna. O guia, um espírito muito mais elevado que nós, cujo conhecimento ultrapassa em muito o nosso, sabe muito bem o que é um carro, um computador, um celular. Mas se ele diz algumas dessas palavras, gera-se falta de fé e, com isso, fecha-se às boas energias da entidade.
É por estas razões que sempre reforçarmos: apenas deixe a incorporação fluir em sua naturalidade. Você não precisa fazer careta para mostrar que a entidade está ali presente. Apenas relaxe seu campo mental, cesse as resistências da mente e sinta o que a entidade quer passar. Com o tempo, isto será instantâneo, e em vez de ficar se perguntando se é o guia ou você, você apenas se observará dando liberdade ao falangeiro.
Lamentavelmente, ainda sobrevivem em alguns terreiros provas físicas de incorporação. Testes como andar na brasa, comer vidro, queimar a pele, entre outras cenas absurdas. Ao nosso ver, são práticas desnecessárias e incompatíveis com nosso momento atual. Em tempos que os processos mediúnicos são cada vez mais conscientes (e não há nenhum problema nisso), dificilmente eles passarão com sucesso nessas provas.
O guia mostra-se presente não com atos físicos, nem movimentos corporais, nem sotaques forçados. E sim com orientações verdadeiras, energia elevada, respeito à hierarquia e muita sabedoria. A verdade da Umbanda encontra-se no espírito. E aqueles que a ela se abrirem, conhecerão seu significado.


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

HORA MORTA


HORA MORTA

Os espíritos do Umbral têm uma hora em que eles estão mais fortes na terra, uma hora onde a cortina do nosso mundo e do mundo deles é erguida, e esta hora é três da madrugada.
A hora morta trata-se do momento em que portais para outro mundo são abertos e espíritos ficam com uma influência muito maior sobre a terra, deixando assim um momento perfeito para muitos serem atormentados, tendo pesadelos ou mesmo vendo vultos, ouvindo vozes ou até vendo aparições perfeitas de espíritos.
Das 3:00 em diante apenas os demônios subalternos continuam atuando, até 3:59. após isto já se iniciar o processo do amanhecer.
Cabe observar que a partir das quatro horas os galos podem cantar. O que determina o imediato retorno dos demônios ao reino subterrâneo.
Existem diversos relatos de pessoas que acordam durante a hora morta e vão ao banheiro ou beber água, e é quando veem algo, o espelho é um portal para o outro mundo e se nesta hora você olhar possivelmente vera um vulto.
Todos nós, algum dia passamos por esse fenômeno da madrugada.
Quem nunca se sentiu estranho em determinado horário à noite?
Quem nunca teve pesadelos e ao acordar ofegante e olhar para o relógio, viu que estava na hora morta?
Quem nunca percebeu coisas estranhas e inexplicáveis em certo horário no meio madrugada e só consegue voltar a dormir depois das quatro horas?
Melhor ter cautela neste horário.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ENFIM SETEMBRO


Enfim Setembro:

     Todos nós batuqueiros sabemos que setembro é mês que temos como regente Xangô, isso é dado ao fato de setembro ser o mês em que comemoramos no calendário católico São Cosme e São Damião (dia 27/09) como Xangô e Oxum Ibedji, São Miguel Arcanjo (dia 29/09) como Xangô Aganju e São Jerônimo (dia 30/09) como Xangô Agodô.
      Particularmente, aqui no sul, o setembro traz consigo algumas particularidades como as enchentes de São Miguel, um período de chuvas característico de Porto Alegre e demais regiões riograndenses, causando alagamentos e chegava a durar 18/19 dias de chuva.
      Mês 9 é o mês em que xangô pesa em sua balança tudo que fizemos, falamos ou pensamos de ruim, eu costumo usar a simbologia numérica em algumas explicações (coisa minha e não é fundamento),o número 9 seria o 6 virado de ponta cabeça e que significa que Xangô irá ajustar e julgar tudo aquilo que foi feito injustamente, o número 6 é o verdadeiro número de Xangô, o próprio equilíbrio, a balança em si.
      Com o número 6 colocamos as coisas em ordem, justas e equilibradas.
      O número 12 vem a ser o julgamento e a misericórdia onde 6 condenam e 6 absolvem (6+6).
    Em alguns lados dão o número 9 para Xangô Agodô e tudo tem explicação e também uma simbologia.
      As mesas de Ibedji são sentadas crianças e mulheres grávidas nas contas e múltiplos de Xangô, a quinzena é quase que toda direcionada a Xangô e Oxum, pois são os dois orixás que em perfeita sintonia representam a misericórdia, fartura e doçura, antigamente se segurava crianças e pessoas numa mesa,tal coisa que vemos muito pouco hoje em dia.
      A direção que se anda na volta da mesa, a canja, a canjica, os doces, o amalá no centro da toalha, o lavar, secar e tomar água da quartinha tem um significado e importância dentro do culto do batuque do Rio grande do sul.
      A vó sempre dizia que um dos motivos da mesa de Ibedji era para pedir misericórdia por tanto axoro derramado entre tantos outros significados.
      O kassun (Ritual da balança) é pertencente a xangô aganju que é dono da orquestra celestial e como a vó dizia: Xangô é dono do barulho,quando chove Iansã é o clarão dos raios e xangô o estrondo do trovão.
      A balança nada mais é do que o julgamento de xangô sobre a obrigação arriada no quarto dos orixás.
      Em múltiplos de 6 se forma a balança com pessoas que tem obrigação de 4 pé, pois também é chamada de roda dos prontos onde só os prontos participam, de mãos dadas no ritmo do tambor as pessoas vão para o centro e para fora fazendo a balança de Aganju, no meio do ritual e sempre de mãos dadas os orixás vão se manifestando nos cavalos e ela chega ao ápice até que ao som do alujá faz pecadores ( humanos) e orixás largarem as mãos,t oda obrigação é julgada e nem sempre o mal julgamento dela se dá por conta de estourar a balança. Aprendi a olhar e cuidar como se dá cada possessão dos filhos quando o santo chega quando a roda vai pro meio(quando fecha) ou quando vai pra fora (quando abre),tudo está no equilíbrio e na forma que as possessões ocorrem.
      O Alujá é o ritmo de Xangô onde ele dança na frente do tambor e os demais orixás atrás dele.
     Amalá é o prato favorito de Xangô e em alguns casos específicos pode se acrescentar o axé de alguns outros orixás( dependendo da finalidade do axé ou serviço).
     Por ser o dono do barulho Xangô também é dono dum instrumento muito importante dentro do culto do batuque que é o ilú( tambor) e sabemos que para tocar tem que ser pronto receber o axé de tambor.
      Com a modernidade o tamboreiro está sendo chamado de alagbe (alabê).
      Xangô é o juiz que bete seu martelo e aniquila cabeças com seu oxé(Machado de duas lâminas).
      Por isso dizemos que xangô é oloxé( o dono do machado).
      Peço que Xangô faça justiça na terra entre os homens e tenha misericórdia dos inocentes!
      Adùpé babá mí Xangô Aganju!!



sexta-feira, 9 de agosto de 2019

SABE PORQUE OXUM E IEMANJÁ CARREGAM O ESPELHO?


SABE PORQUE OXUM E IEMANJÁ CARREGAM O ESPELHO?

A primeira coisa que lembramos quando falamos dessas duas rainhas é seus abebés (espelhos), que carregam sempre em suas mãos. Sempre mirando-os enquanto se banham, seja no rio ou no mar. Mas o que ele representa?
Irmão, é claro! Eles representam a vaidade delas, o quanto elas são belas e encantadoras! Mas... Isso não é meio superficial?
Sim, o motivo dos abebés vai além da vaidade dessas Yabás que representam o elemento que rege os sentimentos, o espiritual,que é a água.
O espelho reflete tudo aquilo que é exposto a ele, como a superfície das águas, ponto de força de Oxum e Iemanjá, ou seja, é mais que vaidade, se trata a busca pelo auto-conhecimento. Mas as duas dividem postos diferentes desse autoconhecimento.
Oxum vai reger o autoconhecimento interno, o cuidado com o Eu. O ato de banhar-se, enfeitar-se com jóias não representa apenas o enfeite, mas também a auto-valorização. Você se enfeitar significa elevar-se espiritualmente, trazer para o espírito as riquezas da alma: a bondade, compaixão, o amor pelo próximo(...), todas as qualidades que o fazem elevar-se. A vaidade de Oxum não é a superficial, terrena e fútil, é a espiritual, imaterial, e essa sutileza precisa ser diferenciada.
Iemanjá vai tratar do conhecimento externo, do tratar do outro. Iemanjá vai trazer o sacrifício pelo próximo. Vejam, isso é muito interessante, o conhecimento externo só será possível depois que o de Oxum(interno) for feito, afinal, não pode ajudar o outro se antes não ajudar a si mesmo; assim como um rio não pode desaguar no mar se sua corrente não for forte o suficiente. Iemanjá é o doar-se, é o conhecer do outro, é o desaguar quando se já está inundado de si e precisa compartilhar essa plenitude.

QUEM TE MANDOU, CAINANA?


QUEM TE MANDOU, CAINANA?
Você já reparou quantas pessoas difíceis Oxalá coloca nas nossas vidas? E para que? Para que possamos aprender a ser fortes, a não ser enganados, a sobreviver com veneno alheio, com a ingratidão, com a mentira, com a traição e muitos outros sentimentos negativos.
Existe um ponto de Exu que diz ...
"Quem te mandou Caianana 
Quem te mandou Cainana, 
foi seu Tranca Ruas, Cainana, 
Foi seu Marabô"!
Cainana (abrev "Caninana)", é um tipo de cobra e representa aquelas pessoas que chegam de mansinho nas nossas vidas mas após pouca convivência vão soltando seus venenos. Tanto Tranca Ruas (no mistério das almas, embaré ou encruzilhadas) quanto Marabô (no mistério da justiça) abominam a falsidade.
Existe um outro ponto de exu que diz...
"Seu Tranca Ruas me cubra com sua capa, 
quem com sua capa escapa, 
quem com sua capa escapa, 
a sua capa ela é cheia de verdade, 
ela cobre todo mundo só não cobre a falsidade". 
O mundo é cheio de Caiananas e certamente você já deve ter conhecido a sua ou as suas! Fique tranquilo! Não importa como elas chegam nas nossas vidas, o que importa é que Exu às leva embora por bem ou por mau!
Entregue seus problemas à sua fé, seus Orixás, guias e mentores, em especial à Exu! Pois se tem uma coisa que exu não tolera, em especial Marabô e Tranca Ruas é o lobo vestido em pele de cordeiro. Diz um ditado antigo "Se ouvirmos só o conto da chapeuzinho vermelho, todo mundo será lobo mau". Cainanas são este tipinho de gente e para piorar estão sempre na lama! São pessoas dissimuladas, mentirosas, oportunistas, ingratas e que sempre estão na lama: sem estudo, sem emprego, sem saúde, sem caráter, sem dignidade e invejando nossos passos!
Por outro lado, nem todo mundo que está na lama é Cainana. Você vai saber quando encontrar com uma. Pare de perder tempo com as Cainanas!

COMO ME LIVRAR DAS CAINANAS OU CANINANAS?
- Siga primeiramente a doutrina da casa que você frequenta;
- Não seja uma pessoa hipócrita ou com a energia delas, pois coisa ruim atrai coisa ruim;
- Faça seus banhos;
- Ascenda suas velas;
- Preste sua caridade;
- Faça suas firmezas e proteções;
- Firme sempre seu anjo de guarda;
- "Quem não pode com mandinga, não carrega patuá"
- Peça à Exu, em especial à Tranca Ruas e Marabô para que na energia de Ogum e Xango elas sejam decepadas uma à uma. Peça pela lei divina. Cainanas são pessoas instáveis que nunca ficam em uma coisa por muito tempo estão sempre tentando subir na vida, mas a vida traz a sua própria queda para que aprendam a não serem pessoas ruins para com os próximos.
- Frequente lugares e selecione amizades que tenham afinidades com seus valores morais e use contra-egun.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

POR QUE TUDO NO BATUQUE É PAGO?


POR QUE TUDO NO BATUQUE É PAGO?

O Batuque, e todos que participam dele percebem, é uma religião com muitas diferenças entre as demais. No Batuque nós cultuamos deuses; é a Natureza, por isso ela tende não julgar a personalidade, características, defeitos, de cada ser humano, pois sabe-se que todos nós somos diferentes; cada um tem sua carga de vida. Outras religiões pregam que para ser um ser humano melhor você tem que fazer caridade, tem que se reprimir sexualmente, entre vários outros dogmas que são imposto aos adeptos, fazendo- os, muitas vezes, se livrarem de todos os prazeres saudáveis que essa nossa vida na terra pode proporcionar. 
Batuque acredita que as pessoas não devem forçar-se a serem boas, e nem forçar-se a serem quem não são; isso acaba com a personalidade e individualidade. Aquela famosa frase do copo sujo se encaixa bem nos nossos dogmas. Por exemplo, todos nos somos copos a ser preenchidos. 
Todo ser humano, por natureza, tem sua parte negativa; então essas pessoas seriam como copos sujos. Se forçar a ser quem não são, forçá-las a fazer caridade para não irem ao inferno e ganharem o céu, seria como colocar a água mais pura dentro deste copo sujo. E para sermos sinceros, você fazer caridade por esses motivos, acaba na verdade sendo algo “você fazendo por você”, para sentir-se melhor, para aliviar a consciência pesada de seus erros e defeitos, e para não ir ao inferno, mas sim ganhar uma eternidade de paz e felicidade do céu. O Batuque não pensa dessa maneira. Ele nos deixa muito claro sobre nossa personalidade, erros e defeitos, através de arquétipos, jogo de búzios, odu, etc. 
Digamos que o Batuque prega que você não deve fazer caridade para ser um ser humano melhor, mas primeiro deve corrigir seus erros e defeitos, pois assim a bondade vai surgir naturalmente dentro de você. Então pregamos que o copo deve ser limpo primeiro, para depois ser preenchido naturalmente de água limpa. 
Estou dizendo tudo isso para chegar a um ponto: Batuque não faz caridade. Caridade é algo que deve ser feito entre seres humanos, independente da religião. O Babalorixá, ou Yalorixá, geralmente cobra pra iniciar o santo de alguém e a responsabilidade de fazer santo é do filho e não do Babalorixá. Fazer santo envolve muitos gastos, tempo do Babalorixá, estresse do mesmo (pois iniciar alguém é algo de muita responsabilidade), sem contar o desgaste físico, que é algo extremo, como os adeptos de muitos anos sabem. 
Chegam a passar noites em claro. Trabalham no frio, no calor, de madrugada. Tem gente que sai do serviço, vai para o terreiro, vira a noite na função e ainda vai trabalhar novamente no dia seguinte. Um pai de santo não aprendeu tudo que sabe de graça. Ou ele ralou muito pra aprender, ou pagou muito para ter à disposição um Babalorixá, ou Yalorixá, que parou seu dia, para ensinar-lhe tudo o que precisava saber para sua feitura, seu conhecimento, sua sabedoria, sua prontidão, sua formação...
Outro fato: nunca se sabe sabe quem é quem; muitas vezes o Pai de Santo pega dinheiro do seu bolso, ou dos filhos de santo, gasta o gás do terreiro, a água, a luz, os mantimentos, para iniciar alguém, para essa pessoa, muitas vezes ser um péssimo filho, que irá largar o santo, que poderá "kizilar" a casa, que poderá ser alguém que não respeitará hierarquia. 
Geralmente pessoas que não precisaram dar nada pra fazer santo, são as pessoas que não dão valor ao seus orixás, Babalorixas, Yalorixás, pois não precisaram abrir mão de nada para ter o orixá em suas vidas. Fazer santo não é a pessoa fazer algo por si, mas sim por seu orixá...
É abrir mão do que tem, abrir mão de seus confortos, sujeitar-se a ser humilde para ser merecedor de ter orixá na sua vida. A responsabilidade é do filho. Uma pessoa trabalhar duro economizar dinheiro, oferecer esse dinheiro ao seu orixá em vez de gastar consigo mesmo, já é uma prova de fé.
Quanto a trabalhos... Isso não é obrigação do Babalorixá. É um favor que o mesmo presta, ou um serviço que ele oferece. E tem que ser cobrado. Por que o Babalorixá deve tirar dinheiro do seu sustento, dinheiro de sua casa de Religião para fazer um trabalho para um desconhecido, que se usa de religião como um meio de conseguir o que quer, muitas vezes sem saber ser agradecido com as pessoas que lhe ajudaram e com os orixás..Certo que a obrigação do pai ou mãe é manter seus filhos bem..
Mas uma coisa é fazer um trabalho para um bom filho da casa, que sempre esteve presente, ou que sempre contribuiu, e que está passando um momento de dificuldade. Outra coisa ė fazer algo de graça pra um filho de santo que nunca está presente, não contribui com a casa, que acaba sobrecarregando seus irmãos, aparecendo somente na hora da festa ou quando está precisando de alguma coisa. São casos e casos...
Ser babalorixá ou yalorixa não é nossa escolha é a escolha do sagrado..determinado pelo Orixá é uma casa de religião assim como nossas casas particulares também tem de serem mantidas....

segunda-feira, 29 de julho de 2019

QUER IDENTIFICAR UMA FILHA DE OXUM?


Quer identificar uma filha de Oxum?

            Então perceba.... 
💛👑
Ela sabe ser doce como mel, ardente como malagueta e azeda como limão! Ela vai te ouvir, vai ser sua melhor amiga, vai querer saber como foi seu dia em detalhes porque ela é dessas.
Ela vai chorar no teu colo muitas vezes desabafando por quê brigou com a mãe,
irmã ou amiga... 
Vai chorar de raiva, alegria, tristeza ou felicidade. 
Chorar é com ela mesmo, se acostume!
Mas se você não souber retribuir, você irá conhecer a mulher mais seca e amarga de todas... Ela é intensa ao extremo, sabe dar atenção, mas também sabe ignorar.
Fidelidade é com ela mesmo, odeia injustiça e jamais faria com os outros aquilo que ela não quer pra ela.
Ela não aceita traição e se você a machucar tenha certeza que ela fará pior com você, final água doce também afoga. 
Ela é vingativa e guardará no seu livrinho do rancor tudo que você fez ela passar, ela é melindrosa e vai arquitetar um bilhão de planos para te fazer se arrepender!
Talvez ela nem faça nada, mas vai planejar muito, ela é inconstante, hora quer meia hora depois não quer mais. Então respira fundo, ela irá roubar teu folego.
Provavelmente nunca mais você esquecerá essa MENINA MULHER. Se você conseguir conquistar o amor dela, então fique, ela será uma amiga fiel, uma mulher honesta e honrada.
Não deixe ela ir embora da sua vida porque se ela for, ela não volta mais, assim como seu coração, seu orgulho também é grande demais.
E se caso você encontrá-la, não a deixe fugir.

SEM VONTADE DE IR NO TERREIRO?


SEM VONTADE DE IR PARA O TERREIRO?
 Quem nunca sentiu aquele desânimo antes de ir a uma gira? Quem já quase não desistiu de ir ao terreiro?
Pois é, isso acontece com todos e é absolutamente normal!
O problema na maioria das vezes não está em você ou no cansaço decorrente a um dia de trabalho, mas sim nas vibrações que está ao seu redor. Para dez guias espirituais (espíritos de luz) há cerca de mil espíritos obsessores, os quais dependem de nossas vibrações e o nosso atraso para que ganhem forças, a maior estratégia de um obsessor é desproteger, então lhe pergunto: Onde você ganha mais proteção espiritual? Exatamente, no centro de Umbanda, no terreiro!
Já diziam: Orai e vigiai! Não diziam a toa, estamos sim regados de proteção, mas que se coloca cada vez mais próxima de nós se tiver a nossa colaboração. E como colaborar? Vigiando e orando, usando o nosso livre arbítrio para que sejamos um ímã a atrair as boas vibrações e elas automaticamente afastarem as más vibrações.
Quando aquele desânimo bater, não o deixe entrar, use de suas ferramentas, que são as diversas formas de comunicação com o sagrado. Reze, faça uma oração com um copo de água, afirme seus pensamentos, tome aquele banho de ervas (banho de defesa contra más vibrações), lute contra esses obsessores atraindo as boas vibrações, se provendo de proteção espiritual e posteriormente ao ir para o terreiro se edificando e afastando o mal de vez.
Olha que engraçado, mesmo desanimado, quando você insiste e vai ao terreiro, chegando lá o ânimo volta e você sai de lá renovado, mas por quê? Porque obsessores não entram em locais como um centro de Umbanda (temos nossos guardiões), obsessores tentarão te convencer a não ir se proteger, tentando lhe impedir de crescer espiritualmente, portanto, lute contra esse desânimo, com absoluta certeza ele não faz parte de seu cansaço, obsessores usam o cansaço do dia para um impulso a lhe impedir de se proteger, lhe deixando dez vezes com a sensação de estar ainda mais estafado, não seja um alvo fácil!

quinta-feira, 25 de julho de 2019

A DEPRESSÃO NA VISÃO UMBANDISTA


A DEPRESSÃO NA VISÃO UMBANDISTA

A depressão é um dos maiores males mentais sofridos pelos seres humanos nesse século. E um dos maiores obstáculos é o reconhecimento dessa doença tão grave, pois sendo ela reconhecida se facilita em um diagnóstico e tratamento.
É dito que infelizmente a metade das pessoas que passam pela depressão nunca tem a doença diagnosticada e tratada, e isso pode ser uma grande ameaça, pois mais de 10% das pessoas que tem depressão chegam ao suicídio.
Desse ponto chegamos sobre o que desejamos expressar nesse texto, ou seja, a visão da Umbanda sobre a depressão.
Quando uma pessoa com o mal da depressão chega a reconhecer sua doença, busca diagnósticos, tratamento, e mesmo assim esse mal não é sanado, podemos salientar que essa depressão não é apenas um mal físico mental, e sim espiritual.
Sabemos que em nosso redor sempre temos companhias espirituais, como por exemplo Entidades de Luz, Irmãos de Luz, Anjos Celestes, espíritos desencarnados que buscam luz para caminhar, enfim vários tipos de manifestações espirituais, assim como também temos ao nosso redor manifestações de espíritos sem luz, Kiumbas, Eguns, Zombeteiros, vampirizadores , que a todo momento estão dispostos a encontrar uma fraqueza nossa para poderem se aproximar, se instalar e dominar nossa mente.
E essas fraquezas podem ser nossos atos, ações, pensamentos, vícios, sentimentos, ou seja, tudo que não é de acordo com a caridade, a humildade, a paz, o amor e a fé, se tornam armas contra nós mesmos, e levando energias a esses obsessores.
Entre tantas coisas que esses obsessores tomam para essa aproximação, uma das mais intensas é a depressão, que nós seres encarnados podemos ter, e nos deixar ser tomados pelas energias más desses seres obsessivos.
A depressão pode ser reconhecida pelos seguintes sintomas: 
Tristeza.
Perda de interesse por coisas que antes você gostava. 
Falta de energia
Dificuldade de concentração. 
Dificuldade de tomar decisões. 
Insônia ou sono em excesso. 
Problemas no estômago ou na digestão. 
Sentimento de desesperança. 
Dores sem motivo aparente. 
Mudança no apetite, levando ao ganho ou à perda de peso. 
Pensamentos de morte, suicídio e auto mutilação. 
Tentativa de suicídio.
Como vimos acima esses sintomas podem diagnosticar a depressão, mas pode diagnosticar também a obsessão, e obsessores se utilizam desses sintomas da depressão para agravar ainda mais o quadro da pessoa depressiva, sempre com o intuito maior que é a de levar essa pessoa ao suicídio,. que seria o maior objetivo dos obsessores.
E porque esses obsessores tem esse objetivo?
Sabemos que somos um espírito, e que no momento estamos encarnados, e sabemos também que como encarnados somos falhos demais, essas nossas falhas nos faz dar aberturas a obsessores, essas aberturas dão a esses obsessores energias, energias essas que faz com que esses obsessores levem mais e mais maldades a nosso planeta.
Só que obsessores e vampirizadores desejam algo maior que só levar essas maldades a nossos irmãos, eles desejam escravizar as almas deles, e um modo mais concreto para isso é fazer com que as pessoas tirem por vontade própria o seu bem maior, ou seja a própria vida.
O suicídio é a grande arma para obsessores e vampirizadores terem sempre escravos a seu domínio, e a depressão é o melhor caminho para esses seres chegarem ao objetivo final, pois ela, a depressão, faz com que as pessoas percam toda e qualquer ligação com seu bem maior, a vida dada pelo Pai Maior, nosso amado Deus.
Muitas pessoas mal informadas tem como praxe em dizer que a mediunidade pode trazer depressão, porém isso é inexistente, todo tipo de depressão, todas as formas da doença podem ser tratadas em uma casa de Umbanda, com o médium fazendo seu desenvolvimento mediúnico e espiritual de forma correta e honesta, frisando que em casos de depressão físico mental, a Umbanda e o desenvolvimento auxiliam extremamente, porém nunca podemos deixar o tratamento médico terreno, um especialista no caso é essencial.
Consideremos a mediunidade como recurso de evolução e a depressão como uma doença cuja causa repousa nas velhas atitudes morais do médium.
Mediunidade não causa depressão. Entretanto, é frequente encontrarmos médiuns portadores de sintomas depressivos. Nesse caso, a aplicação da mediunidade ou, como é mais conhecido, o desenvolvimento mediúnico pode ser terapêutico, amenizando as dores do deprimido. Apenas amenizando-os, fique claro! Ainda assim, a cura da depressão não virá do exercício mediúnico e sim da reeducação emocional do deprimido por meio da mudança de condutas que alicerçam o núcleo moral da depressão.
Finalizando, a depressão é realmente uma doença grave, devemos entender que ela pode nos levar as mais profundas tristezas, e que essas tristezas que temos são utilizadas por obsessores para diversos fins, principalmente para nos levar ao suicídio. Portanto devemos buscar um diagnostico coerente, um tratamento médico terreno, e um tratamento espiritual, para nos fortalecer e não deixar jamais que obsessores se usufruem dessa nossa fraqueza para tomar nossas almas, e assim nos deixar eternamente nas mãos desses vampirizadores.
Devemos erguer nossa fé, crer no Pai Maior, em seus Anjos e nas Entidades de Luz, que assim certamente teremos forças para a mudança em nós mesmos, e assim vencer a depressão e os obsessores.
Uma luta é vencida com muita boa vontade, entendimento, fé em Deus e em nós mesmos.
Lute sempre para vencer a depressão, nem ela nem obsessores tem mais poder do que sua fé e sua força de vontade.
Reflita!

sexta-feira, 17 de maio de 2019

CLASSIFICAÇÃO DE OXALÁ


CLASSIFICAÇÃO DE OXALÁ

Existem cinco diferentes representações desse mesmo orixá, cada qual respondendo por um determinado tipo de comportamento, postura ou forma de manifestação que fazem a síntese do Oxalá supremo, caracterizando-o como o regente desse mundo que habitamos. São elas:
- OXALÁ OBOCUM- Um dos Oxalás novos, obocum costuma se manifestar na beira da praia e perto das cachoeiras, locais esses que são os ideais para se fazer as suas oferendas, que são: canjica branca cozida.As ferramentas e utensílios de Obocum são:bastão, as jóias de prata, o caramujo, o sabre, a estrela de oito pontas, a espada, o pilão de madeira, a pomba de metal ou prata, o sol, a moeda e os búzios.
- OXALÁ OLOCUM- Outra representação jovem de Oxalá, Olocum é algumas vezes, representado como uma espécie de criatura metade homem, metade peixe (uma espécie de sereia) e habita tanto nas águas doce, como salgadas, é justamente nestes locais que ele se manifesta e é na beira das águas destes locais que Olocum se manifesta e é também aí que suas oferendas devem ser colocadas. Sua comida é canjica branca cozida e suas ferramentas são as mesmas de Oxalá Obocum.
- OXALÁ DACUM- A terceira e última representação jovem de Oxalá. Dacum é uma classe que é responsável pelo movimento e pelas diferentes formas de energia que compõem esse movimento. A sua manifestação é comum nas praias, mas também no meio dos rios que possuem forte correnteza. Dessa forma, os locais mais indicados para depositar as suas oferendas passam a ser os que são compostos por esses elementos comuns ao seu domínio. E sua oferenda é também canjica branca cozida e suas ferramentas são as mesmas de Olocum e Obocum.
- OXALÁ JOBOCUM- Jobocum é uma espécie de representação velha de Olocum, com alguns aspectos de Obocum e Dacum, responde principalmente na beira da praia, onde deve-se colocar a sua oferenda igualmente sendo canjica branca e suas ferramentas são as mesmas dos outros.
- OXALÁ ORUMILAIA- Orixá advindo do orun (o céu) dessa forma costuma ser representado mais como a luz do que qualquer outra forma. Orumilaia responde na beira da praia e em rios onde contenham bastante pedras e é neste local que suas oferendas devem ser colocadas que são canjica com ovos cozidos partidos ao meio (ao comprido) sempre em pares e suas ferramentas são as mesmas além de um par de olhos que representa a sua capacidade de tudo ver.
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domingo, 14 de abril de 2019

SOBRE MENSALIDADES DA CASA DE AXÉ


Sobre mensalidades da casa de Axé

Esse é um tema muito delicado de se abordar, há muita divergência com relação ao assunto uns são contra outros a favor, pois bem todos gostam de entrar em um Centro e notar que as cadeiras, o chão e tudo mais estão limpos, que há água para beber e dar descarga no banheiro, que há papel higiênico, toalha e sabonete, que as velas e demais instrumentos já estão preparados para a firmação dos Guias. Isso é dever somente do zelador arcar com isso? NÃO, não é.
O Terreiro é um espaço nosso e sagrado, ele é um prolongamento da nossa casa. O Zelador, humildemente cumpre a sua nobre Missão Espiritual, ao mesmo tempo, trabalhando em prol de seu crescimento espiritual e de todo os filhos da casa e consulentes, paciente e generosamente, dedicando a maior parte do seu tempo, muitas vezes deixando de realizar atividades pessoais como cuidar da própria casa onde mora para dar lugar ao sagrado. Por tudo isso e por todo o seu desprendimento, nos impõe o dever Moral e Espiritual de ajudá-lo na condução e manutenção do nosso Templo.
Direitos e deveres obrigações e responsabilidade fazem parte da vida espiritual de um médium, se você faz parte de uma casa de axé obviamente deve ter a consciência de cuidar da mesma com limpeza organização e manutenção aonde entra a mensalidade, é claro que sabe- se que em muitas casas os zeladores abusam pedindo valores exorbitantes para seus filhos e isso pode ser considerado crime. O zelador tem por obrigação de prestar conta do dinheiro doado e uma casa sem mensalidade não é possível de mante- lá.
As entidades sempre nos falam que nunca desampara um filho, todo valor doado de coração é retribuído por “eles” de alguma forma sendo assim, quando algum filho está passando por dificuldade financeira este fica isento de pagar, podendo colaborar de outra forma com a casa.
É muito comum as pessoas, tanto consulentes como médiuns, afastarem-se do Centro que frequentam quando o dirigente espiritual pede uma contribuição através do pagamento de mensalidade ou para alguma obra. Sentem-se insultados, acham um absurdo que se cobre alguma coisa e já rotulam o dirigente como impostor ou alguém que deseja viver à custa do dinheiro deles. Ora, que pessoas de pouca fé e tão vazias de coração! Falta-lhe humildade para entender o que realmente é uma casa de Axé.
Com certeza, seria muito menos estressante para os dirigentes se as pessoas passassem a se oferecer para ajudar financeiramente no Centro, pois de nada adianta as pessoas dizerem que amam o Centro, ou amam o dirigente se, na hora em que o Centro precisa da ajuda, a pessoa simplesmente abstém-se ou dão prioridade para coisas obsoletas e muitas vezes oferece muito menos do que poderia ofertar. Lembrem-se a caridade começa dentro de casa.
Axé...