quinta-feira, 24 de outubro de 2019

VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO


VOCÊ NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO


A insegurança leva alguns médiuns a “forçarem a barra". Movidos pelo medo do julgamento alheio, interferem na incorporação e aumentam os trejeitos do guia. É o caso de quando observamos aquele sotaque forçado, o giro excessivo, a risada exagerada. Entendam, não é preciso provar nada para ninguém. A entidade veio para fazer a caridade, não para receber aprovação dos olhares dos outros.
Cada médium manifesta os guias de uma maneira bem particular. Alguns apresentam mais trejeitos, com sotaque, andar, e movimentos mais característicos do arquétipo da entidade. Enquanto outros nem tanto, sua presença é menos marcante e sua manifestação mais sutil. E não há nenhum problema nisso.
Para que a entidade faça sua caridade, ela não precisa disso. O passe, o descarrego, a cura, a abertura de caminhos, entre outros, dependem mais de uma manipulação energética do que como a entidade se apresenta. Estas bênçãos da espiritualidade se originam da união entre a vibração do guia com o do médium, irradiado na força dos Orixás, sustentado pelos assentamentos do terreiro.
Os trejeitos auxiliam a caracterizar a linha de trabalho do guia, sendo fiel aos arquétipos que representam. Muitas vezes, a entidade utilizam-se de um desses elementos mais pela falta de fé do consulente do que por real necessidade.
Um exemplo é o conhecimento da tecnologia moderna. O guia, um espírito muito mais elevado que nós, cujo conhecimento ultrapassa em muito o nosso, sabe muito bem o que é um carro, um computador, um celular. Mas se ele diz algumas dessas palavras, gera-se falta de fé e, com isso, fecha-se às boas energias da entidade.
É por estas razões que sempre reforçarmos: apenas deixe a incorporação fluir em sua naturalidade. Você não precisa fazer careta para mostrar que a entidade está ali presente. Apenas relaxe seu campo mental, cesse as resistências da mente e sinta o que a entidade quer passar. Com o tempo, isto será instantâneo, e em vez de ficar se perguntando se é o guia ou você, você apenas se observará dando liberdade ao falangeiro.
Lamentavelmente, ainda sobrevivem em alguns terreiros provas físicas de incorporação. Testes como andar na brasa, comer vidro, queimar a pele, entre outras cenas absurdas. Ao nosso ver, são práticas desnecessárias e incompatíveis com nosso momento atual. Em tempos que os processos mediúnicos são cada vez mais conscientes (e não há nenhum problema nisso), dificilmente eles passarão com sucesso nessas provas.
O guia mostra-se presente não com atos físicos, nem movimentos corporais, nem sotaques forçados. E sim com orientações verdadeiras, energia elevada, respeito à hierarquia e muita sabedoria. A verdade da Umbanda encontra-se no espírito. E aqueles que a ela se abrirem, conhecerão seu significado.


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