sexta-feira, 6 de outubro de 2017

DESISTENCIA

DESISTÊNCIA
1 - Vemos, com frequência, médiuns dotados de razoáveis faculdades mediúnicas desistirem do compromisso. Há algum prejuízo?
A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas reuniões de intercâmbio. Está sempre presente. É na prática mediúnica, com os estudos e disciplinas que lhe são inerentes, que o médium garante recursos para manter o próprio equilíbrio. Afastado, pode cair em perturbações e desajustes.
2 - É um castigo?
Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade que, não controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de influências negativas, nos ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.
3 - Mas esse problema não está presente na vida de todos nós? Não vivemos rodeados de Espíritos perturbados e perturbadores?
Sim, e bem sabemos quantos problemas são decorrentes dessa situação, por total ignorância das pessoas em relação ao assunto. No médium afastado da prática mediúnica é mais sério, porquanto, em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com repercussões negativas em seu psiquismo.
4 - E se o médium, não obstante afastado da prática mediúnica, for uma pessoa de boa índole, caridosa, afável, bem sintonizada?
Com semelhante comportamento poderá manter relativa estabilidade, mas é preciso considerar que a mediunidade não é um acidente biológico. Ninguém nasce médium por acaso. Há compromissos que lhe são inerentes.
5 - O médium vem programado para essa tarefa...
Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. Há um investimento no candidato à mediunidade, relacionado com estudos, planejamento, adequação do corpo. Tudo isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais. Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um funcionário para determinada função. Depois de tudo, será razoável ele dizer que não está interessado?
6 - Mas não é contraproducente o médium participar de trabalhos mediúnicos como quem cumpre uma obrigação ou um contrato preestabelecido, temendo sanções?
As sanções serão de sua própria consciência, que lhe cobrará, mais cedo ou mais tarde, pela omissão. Para evitar essa situação é que os médiuns devem estudar a Doutrina, participando de cursos e reciclagens que sustentem a noção de sua responsabilidade em relação ao trabalho mediúnico.
7 - E se há impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar, cônjuge difícil, profissão, saúde...
Eventualmente isso pode acontecer, por algum tempo. O problema maior, entretanto, está no próprio médium que, geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente improvável que a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe condições para exercê-la.
8 - E quando a participação do médium gera conturbações no lar, a partir de um posicionamento intransigente do consorte?
Lamentável o casamento em que marido ou mulher pretende criar embaraços à atividade religiosa do cônjuge. É inconcebível! onde ficam o diálogo, a compreensão, o respeito às convicções alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa justificar a ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à mediunidade não exercitada.

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