MÉDIUNS E AS DIFICULDADES DA VIDA
Vivemos num planeta,
ou num plano espiritual de expiações e provas.
Existe uma Lei Maior
que regula todas as reações da vida, e não existe como anulá-la, neutralizá-la
de forma mágica ou milagrosa. Ninguém vai conseguir limpar o seu carma, nem
isentar você dos seus aprendizados, ou mesmo, se assim preferir, das suas lições
de vida.
A única forma que eu
conheço para diminuir as dificuldades existentes nos caminhos, sejam elas
materiais, financeiras, profissionais, sentimentais, espirituais, energéticas,
etc. é realizar um trabalho de investimento interior, de reeducação interna,
procurando desenvolver um maior equilíbrio psíquico, emocional, comportamental,
ético e espiritual.
Ninguém pode fazer um
curso, um tratamento, um trabalho espiritual acreditando que ficará livre de
seus aprendizados na vida, alguns até mesmo dolorosos.
A espiritualidade não
opera milagres sem nós criarmos a ambiência (condições) interna e externa
necessária, para isso. Ela “apenas” nos instrumentaliza para que nós possamos
nos capacitar cada vez mais a nível psíquico, mental, emocional, espiritual e
energético para assim estarmos mais preparados para enfrentarmos os nossos
desafios. Eles favorecem, geram as condições necessárias para nos
auto-superarmos e superarmos as dificuldades ou as provações (consequencias) da
vida.
Lembre-se que não
estamos sozinhos no universo e todas as ações que tomamos gera consequências,
positivas ou negativas, na nossa vida, assim como na vida dos outros. Isso se
dá para atitudes dos outros também, sofremos em nossa vida consequências das
atitudes alheias.
Muitas vezes vemos
médiuns, espiritualistas indignados pelas dificuldades que vivenciam em sua
vida, justamente por acharem que por estarem envolvidos na e com a
espiritualidade, deveriam ser eximidos das dificuldades da vida, conseguirem
conquistar tudo que querem, ou mesmo não ter que passar pelos entrechoques
emocionais, energéticos, comportamentais, espirituais tão comuns e naturais a
nossa realidade dual e humana.
Infelizmente, não é
bem assim que a vida funciona.
Muitas vezes, devido
a ideia fantasiosa, acabam por se achar missionários e não apenas um simples
trabalhador da espiritualidade, muitas vezes endividados com as leis da vida,
acabam por isso a não se acharem protegidos, ou mesmo desprivilegiados por seus
Guias e Mentores. Acabam se esquecendo que a dívida persegue sempre o
endividado, ou como é dito na Lei de Umbanda: quem deve paga, quem merece
recebe! E todos nós temos sempre algo a equilibrar, ou a resolver conosco mesmo
ou com a vida. E a vida, mestra em sua ação, acaba por criar, gerar as
condições necessárias para que possamos aprender o que precisamos, assim com a
nos fortalecer psíquico, emocional,
espiritual e energeticamente.
Não descredite nos
seus Guias, nos seus mentores, nos Poderes e Mistérios Divinos por a vida não
corresponder aos seus intentos, as suas vontades. Tenha a certeza que talvez
seria muito mais complicado se você não pudesse contar com o auxílio, com a
intervenção deles na sua vida. Todos fazem o melhor que podem de acordo com
suas condições e programação de vida.
Deixo aqui uma reflexão:
Pegadas na areia de “Mary Stevenson”
“Uma noite eu tive um
sonho…
Sonhei que estava
andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que
passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e
o outro do Senhor.
Quando a última cena
da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia,
e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de
pegadas na areia.
Notei também que isso
aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida.
Isso aborreceu-me
deveras e perguntei então ao meu Senhor:
– Senhor, tu não me
disseste que, tendo eu resolvido te seguir, tu andarias sempre comigo, em todo
o caminho?
Contudo, notei que
durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na
areia.
Não compreendo por
que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.
O Senhor me
respondeu:
– Meu querido filho.
Jamais te deixaria
nas horas de prova e de sofrimento.
Quando viste na
areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas.
Foi exatamente aí,
que te carreguei nos braços”.
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