quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O MÉDIUM E AS DIFICULDADES DA VIDA

MÉDIUNS E AS DIFICULDADES DA VIDA

Vivemos num planeta, ou num plano espiritual de expiações e provas.
Existe uma Lei Maior que regula todas as reações da vida, e não existe como anulá-la, neutralizá-la de forma mágica ou milagrosa. Ninguém vai conseguir limpar o seu carma, nem isentar você dos seus aprendizados, ou mesmo, se assim preferir, das suas lições de vida.
A única forma que eu conheço para diminuir as dificuldades existentes nos caminhos, sejam elas materiais, financeiras, profissionais, sentimentais, espirituais, energéticas, etc. é realizar um trabalho de investimento interior, de reeducação interna, procurando desenvolver um maior equilíbrio psíquico, emocional, comportamental, ético e espiritual.
Ninguém pode fazer um curso, um tratamento, um trabalho espiritual acreditando que ficará livre de seus aprendizados na vida, alguns até mesmo dolorosos.
A espiritualidade não opera milagres sem nós criarmos a ambiência (condições) interna e externa necessária, para isso. Ela “apenas” nos instrumentaliza para que nós possamos nos capacitar cada vez mais a nível psíquico, mental, emocional, espiritual e energético para assim estarmos mais preparados para enfrentarmos os nossos desafios. Eles favorecem, geram as condições necessárias para nos auto-superarmos e superarmos as dificuldades ou as provações (consequencias) da vida.
Lembre-se que não estamos sozinhos no universo e todas as ações que tomamos gera consequências, positivas ou negativas, na nossa vida, assim como na vida dos outros. Isso se dá para atitudes dos outros também, sofremos em nossa vida consequências das atitudes alheias.
Muitas vezes vemos médiuns, espiritualistas indignados pelas dificuldades que vivenciam em sua vida, justamente por acharem que por estarem envolvidos na e com a espiritualidade, deveriam ser eximidos das dificuldades da vida, conseguirem conquistar tudo que querem, ou mesmo não ter que passar pelos entrechoques emocionais, energéticos, comportamentais, espirituais tão comuns e naturais a nossa realidade dual e humana.
Infelizmente, não é bem assim que a vida funciona.
Muitas vezes, devido a ideia fantasiosa, acabam por se achar missionários e não apenas um simples trabalhador da espiritualidade, muitas vezes endividados com as leis da vida, acabam por isso a não se acharem protegidos, ou mesmo desprivilegiados por seus Guias e Mentores. Acabam se esquecendo que a dívida persegue sempre o endividado, ou como é dito na Lei de Umbanda: quem deve paga, quem merece recebe! E todos nós temos sempre algo a equilibrar, ou a resolver conosco mesmo ou com a vida. E a vida, mestra em sua ação, acaba por criar, gerar as condições necessárias para que possamos aprender o que precisamos, assim com a nos  fortalecer psíquico, emocional, espiritual e energeticamente.
Não descredite nos seus Guias, nos seus mentores, nos Poderes e Mistérios Divinos por a vida não corresponder aos seus intentos, as suas vontades. Tenha a certeza que talvez seria muito mais complicado se você não pudesse contar com o auxílio, com a intervenção deles na sua vida. Todos fazem o melhor que podem de acordo com suas condições e programação de vida.
Deixo aqui uma reflexão: Pegadas na areia de “Mary Stevenson”
“Uma noite eu tive um sonho…
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida.
Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao meu Senhor:
– Senhor, tu não me disseste que, tendo eu resolvido te seguir, tu andarias sempre comigo, em todo o caminho?
Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia.
Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
– Meu querido filho.
Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento.
Quando viste na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas.

Foi exatamente aí, que te carreguei nos braços”.

sábado, 21 de janeiro de 2017

UMBANDA QUEM É TU?


Umbanda, quem és tu?

Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Hindu e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeji.
Sou gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Seu Tranca-Rua.
Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga, Cambinda, a traquinagem do Zequinha e a sabedoria do Seu Sete Flechas.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho Papas. Sou determinada e forte.
E de onde vem tuas forças umbanda?
Minhas forças? Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade.
Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.
Estão nos elementos da natureza; a água, a terra, o fogo e o ar; na pemba, na guia, na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Onde mesmo estão tuas forças umbanda?
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador.
Ah! Quem sou? Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança.
Sou a cura.
E de quem sou?
Sou de ti.
Sou de Deus.
Sou Umbanda.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

MEDIUNIDADE AFLORADA

http://banner.progresso.com.br/www/delivery/lg.php?bannerid=54&campaignid=32&zoneid=49&loc=http%3A%2F%2Fwww.progresso.com.br%2Fopiniao%2Fjulio-capile%2Fmediunidade-aflorada&referer=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2F&cb=cfcb05b0dcMEDIUNIDADE AFLORADA

Essa expressão é conhecida de, praticamente, todos os espíritas e umbandistas. No entanto, tenho a impressão de que é uma espécie de gíria ou “espiritês”. São os primeiros sintomas de que a pessoa é médium. Falemos sobre esses sinais e, para isso, temos que levar em conta todas as mediunidades, pois o desconforto varia conforme sejam manifestações materiais ou inteligentes.
Quando iniciam os sinais da mediunidade, se for de efeitos físicos, a perturbação é bem mais dramática. O início de qualquer mediunidade é com a manifestação de espíritos pouco evoluídos e mesmo rústicos. Para o caso de efeitos físicos, surgem espíritos zombeteiros que fazem brincadeiras perturbantes. Por exemplo, o caso do aporte. Objetos que mudam de lugar ou que desaparecem. O espírito tira de um lugar e esconde em outro ou leva para outra casa ou para o quintal. Depois de um tempo, que lhe apraz, repõe no antigo lugar. Diverte-se com as discussões das pessoas a respeito, pela desconfiança que gera entre os familiares: “quem foi que tirou daqui”? E outras discussões.
No caso de mediunidade de audição, a pessoa fica perturbada por ouvir zumbidos, músicas, vozes que, por vezes, não dão descanso. A pessoa consulta psicólogos e psiquiatras que, se não forem espiritualistas, classificam de alucinações. Da mesma forma os que começam com a vidência.
O fato é que o início é sempre desconfortável e, conforme a pessoa, é até horripilante. Por isso, existe o sofrimento.
Se a mediunidade se manifesta em quem não aceita o espiritismo, como os católicos e os protestantes em suas várias denominações, é atribuída à manifestação do demônio.
É comum as pessoas terem medo dos espíritos e alguns têm até asco, pois “é um morto e vem a idéia de cadáveres”. É comum, até mesmo espíritas e umbandistas, terem medo dos desencarnados. Quando há manifestação extemporânea, não sabe o que fazer, e é algo bem simples: é uma visita. Deve-se tratar como qualquer pessoa que deseja falar conosco. É só atender, orientar, conversar e saber a que veio. O mais comum é ser um sofredor que precisa de consolo. Aproxima-se de quem lhe parece bom para seu caso. Está pedindo socorro. Mas como está sofrendo, causa sofrimento em quem o recebe.
Como as mediunidades variam muito, as manifestações são díspares. Todas, porém têm um denominador comum: a incompreensão do “porque isso comigo”. O início ninguém gosta e existem muitas pessoas que passam a vida sem desenvolver (educar) a mediunidade, dizendo que não querem receber espíritos e ficam a sofrer achaques com tratamento médico. No caso, geralmente a doença não apresenta substrato anátomo-patológico (não acham nada de doença).
Outra mediunidade comum e bem conhecida é a de psicografia. Nas manifestações iniciais, se mediunidade mecânica, o médium sente clônus no braço e a tendência a movimentar como se estivesse escrevendo. Então pode ser confundido com o “toque” e dizem que “fulano está cheio de manias”.
Mediunidade é uma bênção classificada por muitos como Karma e por outros, como missão. Mas é um bem que o Senhor nos dá, porque muita ajuda podemos oferecer com ela. Com fé e sem preguiça, podemos aliviar muitos males. E Jesus nos abençoa a cada atuação.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

ACEITANDO A MEDIUNIDADE

Aceitando a Mediunidade
Depois dos primeiros indícios do afloramento da mediunidade os médiuns menos teimosos buscam auxílio com pessoas mais experientes, sejam outros médiuns ou estudiosos do assunto. 
MUITO CUIDADO NESSE MOMENTO, todo o trabalho de preparação montado pelos mentores pode desmoronar porque a pessoa que foi falar com o médium é um radical ou alguém que usa o contato com o plano espiritual para obter benefícios próprios.
Depois de aceitar a mediunidade o médium deve ter paciência, embora seja difícil porque muitas vezes está desesperado com as sensações mediúnicas. Contudo, querendo ou não ele deverá esperar, porque o alívio será gradual e o controle somente ocorrerá depois de algum tempo de aprimoramento.
Vamos abordar algumas dúvidas comuns para os que sentem sua mediunidade aflorar de forma descontrolada.

Não adianta fugir ou fingir, você sempre terá essas sensações.
Mediunidade é uma aptidão, o médium foi preparado antes de nascer para obter uma sensibilidade que está além do seu estado evolutivo, seu corpo astral e etérico estão preparados para comunicação (de acordo com o tipo de mediunidade) com o mundo espiritual, por isso não adianta achar que “aquela sensação” não acontecerá novamente.
O estudo e aprimoramento são importantes porque o médium passa a entender suas sensações (perde o medo) e também a manter contato com espíritos superiores, que trazem sensações suaves e agradáveis. Alguns médiuns são afastados do trabalho mediúnico quando chegam a idade avançada, já que existe um desgaste físico, principalmente em reuniões de desobsessão. Nesses casos o médium cumpriu seu “mandato” mediúnico, sendo sempre auxiliado por seu mentor.
Allan Kardec fala sobre o assunto no Livro dos Médiuns:
"Para isso, em vez de pôr óbices ao fenômeno, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de ser perigosa, o que se tem de fazer é concitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. "

Não adianta fazer "trabalhos" para "fechar" a mediunidade.
A aptidão do médium é um presente dado por Deus, é uma oportunidade recebida para acelerar sua evolução espiritual e ao mesmo tempo auxiliar os irmãos que sofrem na Terra.
Não é possível que espíritos ajam contra a vontade do Pai, retirando a mediunidade.
Os trabalhos podem isolar temporariamente o médium ou colocar um espírito "de guarda" para que ninguém se aproxime (isso só funciona para espíritos inferiores), contudo, cedo ou tarde o médium sentirá novamente o contato com o mundo espiritual, muitas vezes de forma mais agressiva ou intensa do que tinha anteriormente.
Existem casos em que o médium é muito novo ou por algum motivo excepcional pede que seja temporariamente atenuada sua sensibilidade para que no futuro ela possa desenvolver sua faculdade com segurança e harmonia. Isso pode acontecer, contudo, é raro e é necessário autorização dos espíritos superiores.
Não adianta orar e pedir que isso aconteça devido a problemas egoístas, isso não vai adiantar, embora o médium não lembre, foi ele solicitou a mediunidade.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

UMBRAL

Umbral

Umbral - Nome atribuído a uma localidade do chamado "astral inferior", onde se estabelecem os espíritos de baixa vibração espiritual, que precisam pagar por infrações cometidas contra as leis de Deus.  Em geral...
=> suicidas,
=> homicidas,
=> almas desajustadas
=> e cometedoras de graves delitos.
Sua descrição não foge muito as descrições dantescas do inferno.  E aí pode estar uma das razões da lenda de um inferno de fogo e enxofre. Porém a realidade dos espíritos que expiam no umbral é bem diferente e por que não dizer bem pior que a do inferno católico:
O espírito, não raro, sofre incessantemente com a visão de seu suicídio ou de seus crimes. Ás vezes, por anos a fio, revê sem parar o instante em que com um tiro tirava a própria vida, sente a carne sendo dilacerada pelo projétil, vê a condição desamparada de seus filhos que porventura tenha deixado, é constantemente acusado de assassino, numa guerra psicológica fora de nossa compreensão.
Muitas vezes sente fome ou sede insuportáveis, as vezes por anos seguidos.
Sente frio ou calor inenarráveis.
E muito freqüentemente sentem o seu próprio corpo sendo consumido pelos vermes, o vê se deteriorando e sente todas as sensações decorrentes deste estado de putrefação.
O umbral se caracteriza, na linguagem dos espíritos, como um lugar de extremo sofrimento, "de choro e ranger de dentes". Muitas vezes o espírito, tão ignorante, desencarna, passa ali vários anos e mesmo assim ignora sua condição desencarnado. Segundo as descrições dos espíritos, o umbral é a sede dos espíritos de baixo desenvolvimento espiritual da terra , e sua descrição é, não raro, de um lugar de trevas povoado de dor, gritos de sofrimento, gemidos, de um insuportável cheiro pútrido, o que já é suficiente para caracterizar o nível moral dos que ali residem. Essa descrição deve ser tomada como uma constante, pois o umbral, como já relatado alhures, se trata do nome do lugar onde existem essas características básicas e para onde os espíritos inferiores são encaminhados para resgatar dívidas, crimes e infrações.
O umbral se localiza próximo a crosta terrestre.  E é importantíssimo lembrar a maior diferença entre o umbral e o inferno católico:
=> No inferno católico a alma infeliz recebe uma sentença eterna de sofrer nas chamas do inferno para todo o sempre.
=> Segundo a doutrina espírita, o umbral é a região onde o espírito desregrado permanece temporariamente, até que lhe seja permitida uma nova encarnação para que possa, sob o jugo da matéria, resgatar melhor suas dívidas para com Deus ou expiar para que possa continuar caminhando para frente rumo a sua evolução. Porque no espiritismo não existe uma lei de Deus que condene ou felicite um espírito eternamente, pois existe a lei da reencarnação e uma imposição assim estaria claramente negando a tão falada justiça divina, que o catolicismo tanto proclama mas se contradiz totalmente ao impor penas eternas para uma alma que só teve uma encarnação para praticar o bem e o mal.
Nesse ponto o catolicismo não procura nem saber em que condições aquela alma veio ao mundo, se numa família rica e carinhosa ou se numa sarjeta com uma mãe prostituta e um pai desconhecido. É por esses motivos que só o espiritismo consegue explicar lógica e racionalmente a vida e Deus sem se contradizer em nenhum momento.


Pelo espírito André Luiz

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA-DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

A pressa é inimiga da compreensão

É impressionante a pressa que alguns médiuns iniciantes tem, em mal entrar em um Terreiro de Umbanda, e já "sair incorporando".
Entendemos a pressa do médium em "começar a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda que não é somente "dando incorporação" que a caridade é feita. Além do mais,existem tantas formas de se desenvolver mediunicamente.Talvez não seja a “incorporação” a maneira que os nossos mentores escolheram para estabelecer contato com esse medium, por isso é necessário um período de acompanhamento e se certificar de inúmeros fatores antes de "colocar o médium para dar consulta".
O tempo da espiritualidade não é o nosso. Entender as etapas do processo de desenvolvimento ajuda o médium principalmente a se conhecer para depois de entender como tudo consigo acontece, possa de maneira segura dar passagem a energia de nossos guias. Porém muitos chegam aos terreiros com a queixa de estarem incorporando tudo a todo tempo. No trabalho, na escola, dirigindo.... 
Por que isto acontece? Simples! Enquanto o médium não entra para uma corrente, a sua mediunidade fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir do momento que ingressa, que passa a fazer parte da corrente de um terreiro, tanto médium quanto entidades passarão por um processo de adaptação e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto outro. Além do mais, como ter certeza que estava realmente incorporação e não sob o efeito de simples animismo, descontrole emocional e nervoso?  Muitos dirigentes ainda se esquecem de esclarecer a seus iniciantes que a mediunidade é exercitada em conjunto com a espiritualidade. Somos médiuns (MEIO, METADE) e quando solicitados podemos ajudar, influenciar, porém sem interferir. A mediunidade consciente ou inconsciente nos torna parte integrante do processo de aprendizado e auxílio trazidos do astral. Durante uma consulta, um atendimento, um passe também estamos aprendendo e nos beneficiando dos ensinamentos e da forças trazidas por nossos amigos de Aruanda.
É fundamental esse tempo, para que todas as orientações possam ser absorvidas e compreendidas.
Apressar qualquer processo de desenvolvimento mediúnico, querer queimar etapas, que se existem, são importantes, é certamente colocar em risco todo o processo.
Lições que deveriam ser absorvidas, são apenas ultrapassadas, sem a devida confirmação de aprendizado.

Precipitar o processo pode acarretar em desânimo e frustração no futuro, pode transformar um bom médium num embusteiro, num vaidoso e talvez até fazendo com que se desvie do caminho, culpando a Umbanda pela incompetência do dirigente em explicar e orientar e do médium em esperar. Nossos guias trabalham muito mais no tempo do que em nós. Imaginemos o esforço que nossos amigos do plano espiritual precisam fazer para sintonizar nossa faixa vibratória e consequentemente atuar através de nossa matéria tão grosseira e pesada. Porém mesmo diante de tudo isso, para muitos o fato de "incorporar" é imprescindível para se sentir de fato Umbandista, quando na realidade a Umbanda está em nós e praticá-la deve ser mais do que religião. Deve ser filosofia de vida. Outro aspecto importante que nos assusta e acaba gerando uma certa presunção é achar que o médium faz caridade. Não fazemos caridade. Somos instrumentos da caridade divina. Quem presta caridade são nossos guias e mentores. Mesmo desincorporados quantas vezes somos intuídos da necessidade de darmos uma palavra de conforto, um carinho, um abraço. Somos sim usados para atender os desígnios do plano espiritual e entender isso é avançar sobremaneira no desenvolvimento de nossas faculdades.    

O QUE É ÉTICA E MORALIDADE

O que é Ética e Moral?

Para falar de ética e moral se faz necessário definir os termos e qual a intenção deste diálogo, no meu caso prefiro discorrer sobre o que aprendi um pouco na faculdade, sem definir uma ética específica, ou seja, ética no trabalho, ética na política, ética médica, etc. para isso são necessários usar as definições que a filosofia dá aos termos e assim ficamos com o dicionário Houaiss e tentarmos aplicar esse contexto de ética e moral em nossa religião.
Moral = Parte da filosofia que estuda o comportamento humano à luz dos valores e prescrições que regulam a vida das sociedades; ética
Ética = Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Orientando a ação humana para o máximo de harmonia, universalidade, excelência ou perfectibilidade, o que implica a superação de paixões e desejos irrefletidos.
Outros termos, no mesmo dicionário são necessários para dar continuidade, ou seja;
Inteligência = Capacidade de apreender e organizar os dados de uma situação, em circunstâncias para as quais de nada servem o instinto, a aprendizagem e o hábito.
Pensamento = Faculdade que tem como objetivo o conhecimento; inteligência.
Instinto = Esquema de comportamento herdado, próprio de uma espécie de animal, que pouco varia de um indivíduo para outro ou no tempo e que parece cumprir uma finalidade a necessidade de sobrevivência do ser.
Dito isto, podemos dar continuidade ao diálogo sobre moral e ética.
Acredito que falar de moral é dizer algo que está externo, ou seja, poderíamos dizer que é o efeito da ética ou sua prática, desta forma, quando falamos de ética estamos nos remetendo ao seu resultado que são os princípios, de uma forma total e atemporal e não subjetivo quanto na sociedade mundial. Dando continuidade passamos tão somente para definição de ética, também de forma global sem fragmentar em várias éticas, onde em cada situação há uma definição, o que não é o caso neste e-mail, queremos definir a ética universal.
O termo ético procede do grego “ethos” (modo de ser, caráter) conjunto de valores morais e princípios que orientam a conduta do ser numa sociedade, ela não pode ser confundida com as leis, mas, está incluída no sentimento de justiça social. Hoje com o advento da globalização das informações e conhecimentos, é inadmissível que aceitemos apenas as definições que se dão à ética, devemos analisar e refletir de uma forma mais profunda e total, sem as armadilhas das fragmentações que o assunto dita.
O homem está subordinado a sua criação, educação e sua personalidade, dentro de algum limite, ele, após alguns anos de existência poderá ser auto-suficiente em usar sua inteligência para analisar e tomar decisões quanto a sua conduta com o outro que é o ideal da ética, o outro representa a sociedade como um todo.
Dito isto, é nas primeiras relações interpessoais que se dão as experiências com a ética, sendo evolutivas e constantes, algumas pessoas terão maiores ou menores avanços neste aprendizado, porém, sempre é chamado para esta avaliação no dia a dia. Para as pessoas que têm a ética desenvolvida e aplicada na sociedade (maioria?) têm a tendência de tratá-la (ética) como algo subjetivo em que apenas nós e que sabemos usar de forma correta a ética em todas as situações em sociedade. Isso ocorre devido á fragmentação do pensamento do homem ocidental que não consegue enxergar a floresta por ter uma árvore á sua frente!
Para termos uma ética válida para toda humanidade, independente da filosofia, religião, educação, local de nascimento ou partido que pertença, devemos usar a inteligência (veja o termo no dicionário) menos do que o pensamento e menos ainda do instinto. Pautando principalmente no outro, que deve ser considerado um irmão por razões científicas, mais do que razões teológicas.
Para compreender a ética é necessário conjugar os três verbos transitivos na primeira pessoa do singular; QUERER – PODER – DEVER
EU QUERO – O querer é direito de todos os homens, toda sociedade têm seu desenvolvimento por este ato.
EU POSSO - Todo homem e a sociedade podem fazer o que quiser.

EU DEVO - Todo homem tem obrigações que devem o não devem cumprir.

Para sermos éticos, na verdadeira acepção da palavra, devemos nos ater ao outro em todos os sentidos, pois, só assim é que teremos o retorno deste mesmo ato em nós mesmo, embora não devemos ter em mente que vamos ter recompensas por agir corretamente, deve-se criar o hábito em nosso cotidiano de forma que aos poucos o ato em si vá se introjetado em nosso inconsciente.
E aí fazemos um jogo de palavras com nossa mente; nem tudo que eu quero é bom para a coletividade e assim vou prejudicar alguém. Nem tudo eu posso fazer, pois, estarei agindo da mesma maneira com a coletividade e não devo deixar de fazer algo que possa ajudar esta mesma coletividade. Assim colocando os outros em primeiro lugar não corremos o risco de sermos antiético. Dito isto há um axioma de que todo homem egoísta é antiético.
EGOÍSMO = amor exagerado aos próprios valores e interesses a despeito dos de outrem, exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; excessiva vaidade, pretensão, orgulho, presunção. Interesse que o ego tem por si próprio.

FICAMOS ASSIM: Nem tudo que eu quero, eu posso. Nem tudo que eu posso eu devo. Vou ser feliz quando, o que eu quero eu posso e o que posso eu devo.