VOCÊ
NÃO PRECISA PROVAR QUE ESTÁ INCORPORADO
A
insegurança leva alguns médiuns a “forçarem a barra".
Movidos pelo medo do julgamento alheio, interferem na incorporação
e aumentam os trejeitos do guia. É o caso de quando observamos
aquele sotaque forçado, o giro excessivo, a risada exagerada.
Entendam, não é preciso provar nada para ninguém. A entidade veio
para fazer a caridade, não para receber aprovação dos olhares dos
outros.
Cada
médium manifesta os guias de uma maneira bem particular. Alguns
apresentam mais trejeitos, com sotaque, andar, e movimentos mais
característicos do arquétipo da entidade. Enquanto outros nem
tanto, sua presença é menos marcante e sua manifestação mais
sutil. E não há nenhum problema nisso.
Para
que a entidade faça sua caridade, ela não precisa disso. O passe, o
descarrego, a cura, a abertura de caminhos, entre outros, dependem
mais de uma manipulação energética do que como a entidade se
apresenta. Estas bênçãos da espiritualidade se originam da união
entre a vibração do guia com o do médium, irradiado na força dos
Orixás, sustentado pelos assentamentos do terreiro.
Os
trejeitos auxiliam a caracterizar a linha de trabalho do guia, sendo
fiel aos arquétipos que representam. Muitas vezes, a entidade
utilizam-se de um desses elementos mais pela falta de fé do
consulente do que por real necessidade.
Um
exemplo é o conhecimento da tecnologia moderna. O guia, um espírito
muito mais elevado que nós, cujo conhecimento ultrapassa em muito o
nosso, sabe muito bem o que é um carro, um computador, um celular.
Mas se ele diz algumas dessas palavras, gera-se falta de fé e, com
isso, fecha-se às boas energias da entidade.
É
por estas razões que sempre reforçarmos: apenas deixe a
incorporação fluir em sua naturalidade. Você não precisa fazer
careta para mostrar que a entidade está ali presente. Apenas relaxe
seu campo mental, cesse as resistências da mente e sinta o que a
entidade quer passar. Com o tempo, isto será instantâneo, e em vez
de ficar se perguntando se é o guia ou você, você apenas se
observará dando liberdade ao falangeiro.
Lamentavelmente,
ainda sobrevivem em alguns terreiros provas físicas de incorporação.
Testes como andar na brasa, comer vidro, queimar a pele, entre outras
cenas absurdas. Ao nosso ver, são práticas desnecessárias e
incompatíveis com nosso momento atual. Em tempos que os processos
mediúnicos são cada vez mais conscientes (e não há nenhum
problema nisso), dificilmente eles passarão com sucesso nessas
provas.
O
guia mostra-se presente não com atos físicos, nem movimentos
corporais, nem sotaques forçados. E sim com orientações
verdadeiras, energia elevada, respeito à hierarquia e muita
sabedoria. A verdade da Umbanda encontra-se no espírito. E aqueles
que a ela se abrirem, conhecerão seu significado.