terça-feira, 27 de março de 2018

A MULHER E OS FILHOS DE JESUS.


A MULHER E OS FILHOS DE JESUS.

Obra, baseada em texto do século VI, garante que Cristo foi casado com Maria Madalena e teve dois descendentes, Efraim e Manasses. Comunidade científica rejeita autenticidade do documento e Igreja Católica reafirma a tese do celibato.

De acordo com os cristãos, Jesus Cristo tem duas naturezas, a divina – ele seria o verdadeiro Deus – e humana. Como um de nós, foi filho de Maria e José, seu pai adotivo, e parente de Tiago, José, Judas e Simão. Essas eram as pessoas mais próximas a ele. Havia, porém, uma outra figura muito presente no círculo íntimo desse homem: Maria Madalena. Ela o seguia e aos apóstolos, como discípula que colaborava nas tarefas domésticas. Chamada de Apóstola dos Apóstolos por ter anunciado a ressurreição de Cristo, Maria Madalena desempenhou um papel de liderança na Igreja primitiva. A porção divina de Jesus é sepultada no livro “O Evangelho Perdido – decodificando o Texto Sagrado, que narra sua vida de casado e pai de dois filhos.
Lançado na quarta-feira 12, na Inglaterra, a obra é baseada em uma interpretação feita pelo cineasta especialista em investigações arqueológicas Simcha Jacobovici e por Barrie Wilson, professor de estudos da religião da Universidade de York, no Canadá, de um manuscrito datado do século VI que foi traduzido de um documento, provavelmente escrito no primeiro século. Nessa obra, descrita pela editora que a publica como uma “história de detetive histórica”, a dupla de escritores defende que Jesus ficou noivo, se casou, teve relações sexuais e dois filhos, Efraim e Manasses, com Maria Madalena. E vai mais longe. Mais do que íntima, a seguidora de Cristo é praticamente alçada ao púlpito cristão. “Maria Madalena não era apenas a senhora Jesus. Na verdade, ela era uma deusa. Ele é o filho de Deus e ela é filha Dele também”, diz Jacobovici, para quem “O Evangelho Perdido” é o primeiro livro a fazer uso de uma fonte escrita real a mostrar que Jesus e Maria Madalena
Há tempos, obras que apontam Jesus e Maria Madalena como um casal espocam pelo mundo. No Evangelho de Filipe, do século III – um texto apócrifo, que não é legitimado pela Igreja Católica –, relata um beijo do Nazareno na apóstola. Em 1953, o livro a “A Última Tentação de Cristo” fala do casamento entre eles. Em 2012, uma respeitada historiadora de Harvard revelou o Evangelho da Esposa de Jesus, também apócrifo, um fragmento de papiro do século IV escrito em copta – um idioma egípcio, que falava da “esposa de Jesus”. Nenhum deles, porém, fez tanto sucesso quanto “O Código da Vinci”, de Dan Brown, de 2003 (leia quadro). Adaptado para o cinema, o best seller que vendeu 80 milhões de cópias no mundo também aponta para o casamento de Cristo.

FICÇÃO?
Os autores Simcha Jacobovici e Barrie Wilson: a própria editora
intitula a obra como "história de detetive histórica"
O Evangelho Perdido é a bola da vez e tem sido criticado não só pela Igreja Católica, mas por arqueólogos e especialistas em exegese bíblica. O manuscrito que se serviu de base para o livro não menciona os nomes de Jesus e Maria Madalena, mas a história do casal José e Asseneth. Sobre esse fato, Jacobovici argumenta que por causa de traduções da obra para o grego e latim, no século 12, “sutilezas” foram perdidas e, agora, ao analisar o original em siríaco conseguiu decodificar a “mensagem escondida”: José estaria para Jesus como Asseneth para Maria Madalena. “Afirmar que José e Asseneth são representações veladas do casal Jesus e Maria Madalena requer muita imaginação que, certamente, não falta ao cineasta Jacobovici”, diz o arqueólogo Jorge Fabbro, da pós-graduação em arqueologia do Oriente Médio Antigo da Universidade de Santo Amaro (Unisa).


Não é de hoje que Jacobovici é criticado por pesquisadores de história antiga pelo tom sensacionalista com que trabalha. Em 2007, ele revelou ter descoberto o túmulo onde Jesus Cristo teria sido sepultado. Até hoje, porém, não respondeu a questões da comunidade acadêmica que comprovem o achado. Em “O Evangelho Perdido, ainda que haja alguma evidência de que o conto seja uma metáfora para falar de Jesus”, sua esposa e filhos, o máximo que isso prova, na visão do arqueólogo Fabbro, é que, no século VI, havia uma pessoa que acreditava que Jesus havia se casado e tido filhos, mas não que isso tenha de fato ocorrido. Especialista em sagrada escritura, o cônego Celso Pedro da Silva também aponta para uma confusão entre evidência de crença com evidência de fato. “Descobertas de papiros ou pergaminhos, ou outro material, datáveis dos primeiros séculos, não significam que o conteúdo deles seja verdade”, diz ele, que é pároco da igreja Santa Rita de Cássia, no Pari, em São Paulo. “Jesus foi celibatário a vida inteira e não se casou com ninguém. Maria Madalena amava a Jesus, mas não no sentido de casar e ter filhos com ele.” Para André Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a única importância do Evangelho Perdido é dar voz às mulheres. “Escritos como esse vão contra o fato de só o homem ser a referência e tentam colocá-las no púlpito da Igreja.”


12 RELIGIÕES AFRO QUE SE ESPALHARAM PELAS AMÉRICAS


12 RELIGIÕES AFRO QUE SE ESPALHARAM PELAS AMÉRICAS
  
1. Santeria
Cuba

As canções são entoadas em lucumí, uma variação do iorubá falado onde hoje fica a Nigéria. Os rituais são muito parecidos com os do candomblé brasileiro. Acontecem em ilês, ou “casas dos santos”, onde geralmente os sacerdotes vivem. Os orixás também lembram os do candomblé, ainda que alguns, como Ossain (a divindade que vive nas matas e controla as folhas), sejam mais importantes em Cuba do que no Brasil.

2. Palo Monte
Cuba
Os bantus, vindos da região onde fica o Congo, mantinham práticas de culto aos egunguns, nome dado aos espíritos dos ancestrais da comunidade. Esse costume foi preservado entre os cubanos, que organizaram um culto cheio de diferentes métodos de adivinhação – o mais comum usa cascas de coco. O nganga, um caldeirão cheio de galhos de madeira, abriga um egungun específico, com o qual é possível fazer contato.

3. Vodu
Haiti e Nova Orleans (EUA)

Acredita num deus supremo chamado Bondye, nome inspirado na expressão em francês para “bom Deus”. Assim como todas as outras crenças listadas aqui, pratica o sacrifício de animais em situações específicas. Surgido na parte da África onde hoje ficam Gana, Togo e Benin, o vodu é comandado por mulheres, que lideram rituais em que médiuns incorporam as entidades e prestam orientações aos visitantes do templo.

4. Obeah
Trinidad e Tobago
Iniciada na Jamaica e disseminada por todo o Caribe, em especial Trinidad e Tobago, onde ganhou características próprias, como o culto a Moko, um deus surgido no Congo. Todos os anos, os moradores do país usam, no Carnaval, máscaras em sua homenagem. A religião também diz que existem os douen, fantasmas de crianças que morreram sem ser batizadas e que vagam à noite perseguindo quem sai para a rua sozinho.

5. Kumina
Jamaica
Inspirou um estilo de música e de dança muito popular no país, que lota shows e movimenta grandes gravadoras. Os seguidores da kumina, de fato, dançam e cantam muito durante os rituais. Usam roupas e lenços coloridos – a não ser quando um membro da comunidade morre, e então os fiéis dançam vestindo preto e branco. Essa fé se desenvolveu a partir do século 16, inspirada em crenças de escravos vindos de Angola.

6. Winti
Suriname

Os deuses winti se organizam de acordo com seus territórios (terra, ar, água e fogo) e prestam contas a uma divindade suprema, conhecida como Anana Kedyaman Kedyanpon. Além disso, os ancestrais podem entrar em contato com os chefes das famílias. Esse é o conjunto de crença que dá suporte a essa fé, desenvolvida na época em que o país, o menor da América Latina, era controlado pelos holandeses.

7. Quimbois
Martinica
Resultado da adaptação da religião tradicional do Congo, lembra a quimbanda, uma linha da umbanda brasileira. Os praticantes costumam sacrificar animais e colocar as ossadas em encruzilhadas. Durante as festas, os visitantes recebem receitas de banhos de limpeza, de amuletos de proteção e até mesmo de bebidas afrodisíacas. Assim como no vodu, os praticantes fazem bonecos para pregar adereços pedindo emprego, casamento ou saúde.

8. Candomblé
Brasil/Bahia

A religião de origem africana mais popular do Brasil é resultado de uma combinação de influências da Nigéria, de Benin, de Angola e do Congo. Os primeiros terreiros surgiram em Salvador, e adotaram duas dezenas de orixás, a partir das centenas que existem na África. Cada um deles foi relacionado a um santo católico, um costume muito comum em todas as Américas – era uma forma de driblar a perseguição dos senhores de escravos.

9. Xangô
Brasil/Pernambuco

Surgiu a partir de 1875, em Recife, quando a escrava Inês Joaquina da Costa plantou uma gameleira (árvore que representa o orixá Iroko) e fundou o Ilê Obá Ogunté, que depois ficaria conhecido como Sítio de Pai Adão, em referência ao pai de santo que popularizou a casa. O xangô é praticado na faixa que vai do Rio Grande do Norte até Sergipe. Assim como no candomblé, os cânticos são entoados em língua africana.

10. Tambor de mina
Brasil/Maranhão
Maranhão e Piauí, mas também Amazonas e Pará, abrigam grandes terreiros dessa religião, que se destaca pelo uso de túnicas e toalhas coloridas e mais parecidas com as dos cultos afro que se desenvolveram no Caribe. Além de orixás, são louvados os caboclos – sinal da forte influência da religiosidade indígena na região. Em geral, o transe é discreto, e parte dos cultos não é aberta ao público. As maiores lideranças são mulheres.

11. Babaçuê
Brasil/ Amazonas
Também conhecida como Batuque de Santa Bárbara, a religião cultua uma entidade chamada Bárbara Suera – de onde veio o nome Babaçuê. As cerimônias acontecem ao som de atabaques invocando a presença de entidades indígenas. Cultua poucos orixás, em especial Iansã e Xangô (e eles conversam com as pessoas, coisa que não fazem no candomblé). Também cultua os vodus, as entidades espirituais do antigo reino de Daomé, na África.

12. Batuque/Nação Africana
Brasil/Rio Grande do Sul

Formada pelos escravos que viviam no sul do País, tem influência da Nigéria e é muito praticada também no Uruguai e na Argentina. Os africanos chamavam sua fé de “pará” – o nome batuque era um apelido pejorativo dado pelos brancos. As comidas servidas aos orixás ganham adaptações: Ogum, por exemplo, é agraciado com churrasco, e Oxum ganha polenta. Em geral, o ritual não é diferente do que se pratica no Nordeste.


sexta-feira, 23 de março de 2018

A HISTÓRIA DA POMBA GIRA RAINHA


HISTÓRIA DA POMBA GIRA RAINHA

Dionizio foi um poderoso rei e suas conquistas em batalha eram muito comentadas, mas o tempo não perdoa ninguém, Dionísio envelheceu e ficou conhecido entre os monarcas como o “Velho”, embora com idade avançada mantinha o ímpeto jovial e sempre se apresentava sorridente mas no fundo sofria pela solidão. Nunca havia se apaixonado pois as guerras não lhe deram tempo pra isto, mas agora já estava na hora de encontrar-se com o amor.
Entre as mulheres que circulavam no castelo, tinha uma que lhe chamava atenção pela dedicação com que lhe tratava, mas Dionizio sabia que sua idade não lhe ajudaria e também a moça era casada o que difilcutava mais ainda a situação.
Dionísio era rei ,um homem duro que luta pelo que quer e decide que alguém vai morrer.

A HISTORIA DA POMBA GIRA RAINHA

A morte tramada nas escuras leva a pobre moça ao desespero e o rei tem boas palavras para ela.
Havia no reino uma poderosa bruxa famosa por seus encantamentos de amor, o rei manda chama-la e lhe pede um feitiço para conquistar o coração de Adriane a jovem viúva, faz 1 ano que seu amado se foi e ela não se apaixonou pelo velho rei embora este lhe trate com todo o carinho mas sem se declarar para ela.
A bruxa prepara uma poção que segundo ela trará em pouco tempo o coração da moça para os braços do velho rei.
O tempo passa e o amor acontece como havia predito a bruxa o casamento então é marcado.
Rainha Adriane assume o trono ao lado do velho rei e passam cinco anos maravilhosos mas nenhum herdeiro, o velho rei não tem filhos e o seu tempo na terra esta acabando.
Da morte ninguém escapa e a jovem rainha enfrenta mais um ano de luto.
Os conselheiros da corte pressionam a rainha a casar e para isto deve procurar outro poderoso rei ou príncipe para unir forças e aumentar a segurança e as terras do reino e deixar um herdeiro.
Nas terras vizinhas não havia nenhum rei ou príncipe que estivesse descomprometido, então o jeito foi convidar pessoas de reinos distantes para uma festa no castelo.
Vieram nobres de todos os lugares da Europa para conhecer a bela e jovem rainha, entre eles também estava um desconhecido que se apresentou como príncipe de um distante reino da Ásia , ele era belo simpático e antes mesmo de começarem as comemorações planejadas a rainha já havia feito sua escolha.
Em menos de 3 meses o casamento estava concretizado e o novo rei vivia viajando para seu reino o que faz a rainha ficar muito chateada e os conselheiro mais ainda pois queriam um herdeiro para o trono e este rei que ninguém sabia de onde tinha vindo sumia por semanas.
Preocupada a rainha procura uma mulher tida como bruxa sem saber que era a mesma bruxa que anos atrás havia sido responsável por seu casamento.
Ela pretendia pedir a bruxa uma poção para engravidar e um feitiço para prender o novo rei em casa pois alem de tudo estava perdidamente apaixonada por este desconhecido que só agora ela tinha se dado conta que não sabia nada sobre ele.
            A bruxa viu o amor nos olhos da rainha e lhe disse – foste vitima de feitiço pela segunda vez.
            Como disse a rainha ?
            Dionizio me pediu para fazer uma poção para você se apaixonar por ele depois que seu marido morreu mas o efeito acabou junto com o velho Dionizio e agora você me aparece aqui novamente enfeitiçada , cuidado , o homem que você escolheu como seu rei é um bruxo e não existe reino nenhum acredite ele não lhe dará filhos por que ele já os tem e pretende mata-la tomar seu reino e fazer dos filhos herdeiro do seu trono.
A bela rainha não acredita na historia da bruxa, seu coração não pode estar enganado, o amor não podia ter sido despertado por feitiço.
No retorno de sua viagem o rei traz uma mulher e um menino com ele e apresenta a rainha como sua irmã e sobrinho.
Tudo parecia resolvido o rei não mais viajava e ficava sempre brincando com seu sobrinho,quanto ao reino disse que havia entregue para o irmão administrar.
Agora só faltava o herdeiro, a bruxa estava errada o o rei era um homem bom.
Uma noite enquanto o reino inteiro dormia alguém chegou as portas do castelo era um velho viajante pedindo abrigo por uma noite.
Pela manha todos já sabiam que alguém estranho havia sido recebido pelo rei na madrugada e que este tinha abrigado alguém que era desconhecido e que já tinha partido logo no amanhecer.
A rainha quis saber quem havia chegado a noite anterior mas o rei desconversou dizendo que era alguém com fome e que ele mandou servir comida e mandou embora.
Na verdade o homem havia lhe entregue uma encomenda.
A rainha ficou doente e procurou a bruxa escondido.
Você esta sendo envenenada a mulher que ele trouxe com ele é a esposa e o menino é filho, eles planejam lhe matar.
Adriane começa a acreditar na historia e coloca dois homens de confiança a vigiar o casal e descobre a traição.
O rei também tinha seus recursos e ao seu lado 8 dos 10 conselheiros aos quais comprou com títulos de nobreza e promessas de poder quando fosse o soberano absoluto.
As duas únicas testemunhas da traição foram mortas e a rainha acusada de traição e de tentar matar o marido a cunhada e o sobrinho com veneno que foi encontrado em seu quarto, os amantes seriam os homens que foram mortos.
Graças a um dos conselheiros que ainda lhe era fiel, ela conseguiu escapar a noite das masmorras e se refugiar na casa da única pessoa que ela tinha confiança e sabia de toda a verdade, a bruxa.
Durante meses se escondeu e planejou sua vingança.
No aniversario do filho do rei ele planejou uma grande festa dizendo ao povo que por não ter herdeiros passaria o direito ao trono para seu sobrinho.
            Adriane planejou envenenar o vinho da festa e foi o que fez , com sua beleza ela distraiu o cocheiro que levava as barricas de vinho e a velha bruxa os envenenou. Metade dos moradores do vilarejo e toda a corte morreu envenenada.
Adriane estava vingada.
Foi embora e viveu como uma bruxa por anos até que foi presa e queimada pela inquisição .
A Pomba Gira Rainha é uma entidade que se dedica a resolver problemas de traição amorosa pois ela não suporta traição.
È uma grande feiticeira pois já em vida lidava com bruxaria.

A HISTORIA DA POMBA GIRA DO FORNO


POMBA GIRA DO FORNO

A França enfrentava a Peste Negra, uma doença que matou milhões em toda a Europa e somente muitos anos mais tarde se soube que o motivo era o piolho de um rato que transmitia a doença.

A HISTORIA DA POMBA GIRA DO FORNO

Gerar d` Bardye um medico dedicado aos estudos do ocultismo vinha de uma tradicional família francesa ele tinha estudado e viajado por toda Europa, seu casamento com uma cigana foi uma surpresa para a família que o deserdou pois não aceitava sua vida com alguém que não era segundo eles digna de nem ao menos servir uma mesa para a família Bardye.
Gerar abandona a vida de nobreza e vai para o interior onde com sua esposa monta um consultório para atender os doentes , a medicina da época era um misto de curandeirismo com fé pois envolvia conhecimentos científicos e crenças religiosas.
20 anos depois de sua mudança ele conversa com sua filha a beira do fogo da lareira em um forte inverno, ela esta disposta a seguir o caminho do pai mas ele não quer que ela vá estudar pois na época as mulheres somente cuidavam da casa e ele tinha medo que o preconceito destruísse os sonhos da jovem Madelyne.
Madelyne tinha crescido em meio a livros de medicina e ocultismo que o seu pai cultivava em segredo pois de medico à bruxo a diferença nesta época era muito pequena e imaginem uma mulher que sabia ler, escrever e conhecia ervas e poções e até algumas evocações e conjurações fora o fato de que sua mãe a cigana Adelaide também lhe havia ensinado ao segredos das tradições e curas ciganas.

A PRAGA

Uma doença misteriosa tinha chegado a França e se espalhava rapidamente matando todos aos seu caminho.Ninguém mais recebia visitas, as portas eram sempre fechadas e caridade era uma palavra proibida.
Alguns acreditava, que a doença era trazida pelos ciganos que viajam de uma cidade a outra, outros que era uma praga jogada pelos judeus.
Médicos eram chamadas a toda hora a todos os lugares e Gerar não seria exceção.
Havia entre os médicos um que era representante da igreja e tinha grande poder e respeito junto a corte que estava preocupada pois logo não teria mais ninguém nas ruas estavam todos morrendo.Treszeny era a mais forte voz durante a endemia ele ditava como deveriam ser trados os doentes e onde deveriam ser colocados os corpos que se amontoavam nas ruas.
Chegou ao povoado a noticia que a família de Gerar estava toda morrendo com a peste e este resolve ir a Paris para tentar ajudar o povo que um dia o abandonou e o renegou.
Sua filha fica com a mãe mas a vontade de ajudar é grande e ela foge para tentar ajudar o pai que já estava em Paris, mas ela nunca mais o veria.
A cidade de Paris era o caos e ninguém se entendia, as pessoas tinham medo até de conversar com estranhos e é nessa paris que chega a jovem Madelyne.
Sem ter lugar certo para ficar e sem saber como encontrar o pai no meio desta confusão ela traça um plano.
A igreja procurava jovens para seguir no caminho de Cristo e Madelyne sabe que entrando na igreja seria colocada na linha de frente e seria mais fácil de ajudar e até encontrar seu pai.
Treszeny de acordo com a igreja resolve que todos os corpos devem ser incinerados para que a doença não se espalhe ainda mais.
A igreja prepara um local onde os corpos serão queimados e Madelyme mesmo contrariada vai para lá ajudar a cremar os corpos.Acontece que no fundo a verdade era outra, todos os doentes em fase terminal da doença deveriam ser queimados.
Muitas pessoas foram queimadas ainda com vida. Madelyne descobre pessoas ainda com vida nos amontoados de corpos que se formavam e relata o fato a um monge que ajudava e este sabia já do fato e disse a ela que era para o bem da humanidade e da França e que estas pessoas já estavam mortas vivas e seriam recebidas pelo Senhor como mártires de Cristo.
Madelyne ainda procura seu pai e vai seguidamente ao centro da cidade e descobre que toda a famila Bardye morreu da Peste Negra, fica desesperada
pois não sabe se seu pai esta vivo ou morto.O monge relata a igreja que as pessoas já estão comentando sobre pessoas ainda vivas sendo queimadas junto aos mortos.A noticia chega até Treszeny que fica furioso e vai ao campo dos mortos para ver se a noticia é verdadeira. Madelyne ao saber da presença dele vai ao seu encontro para contar,ele promete a ela cobrar providencias do Cardeal para que isso não aconteça mais. Surge entre os dois uma grande amizade e Madelyne conta a ele sua historia e recebe a promessa de ajuda la a encontrar seu pai.Ela conta de sua experiências junto ao pai e que ele também era estudante de ocultismo e que ela própria tinha grande conhecimento de ervas que tinha recebido da mãe que era cigana.
Treszeny traça então um plano para tentar encontrar a cura da peste.
Usar o conhecimento de ervas com os doentes que estiverem em estado terminal, para isto contaria com a Judá de algumas pessoas que não concordavam em ter que queimar doentes ainda vivos.
Todos os doentes que fossem levados para o campo dos mortos para serem queimados deveriam ser separados e elevados para uma cabana perto dali.
Madelyne usaria seus conhecimentos para tentar salvar estas pessoas.
O plano é bom mas o monge descobre o plano e avisa a igreja.
Treszeny nega o envolvimento e ainda acusa Madelyne de bruxaria já que foi encontrada preparando remédios e realizando rituais de purificação para tentar salvar os moribundos. O monge desaparece misteriosamente e Madelyne é condenada por bruxaria e morre junto aos corpos que ela mesmo outrora também queimava.
No mundo espiritual ela descobre que ter boas intenções somente não resolve
era preciso ter atitude e ela continuou queimando pessoas vivas e depois usou seres humanos em experiências.
Foi trabalhar junto a Maria Padilha das Almas que lhe deu a incumbência de cuidar dos corpos cremados e ser responsável pelo forno dos cemitérios .

A HISTORIA DE EXU CORCUNDA


HISTÓRIA DO EXU CORCUNDA

Em 1 de novembro de 1478, 288 pessoas foram queimadas, enquanto setenta e nove foram condenadas à prisão perpétua. Em fevereiro de 1482 o Papa autorizou a nomeação de mais sete dominicanos como Inquisidores, entre eles, Tomás de Torquemada. Este viria a passar à história como a face mais aterrorizante da Inquisição. Em abril de 1482, o próprio Papa emitiu uma bula, na qual concluía: ¨A Inquisição há algum tempo é movida não por zelo pela fé e sim pela busca de riqueza.

A HISTORIA DO EXU CORCUNDA
Uma caravana atravessa a região central da Espanha em um dos mais fortes invernos da Europa, era preciso atravessar aquelas terras em silencio pois o povo dali não via os forasteiros com bons olhos .
Juana e Ramiro Kalbach eram um jovem casal e já esperavam um filho o que para os ciganos é a maior dádiva de Deus.A caravana seguia tranqüila eram 7 carroças carregadas de especiarias que traziam das longínquas terras do oriente .O irmão mais novo de Ramiro o pequeno Ruam viaja em outra carroça com seus primos pois a carroça de Ramiro esta muito carregada, quando chegarem a vila do povoado o lucro certo vai ajudar muito nesta época tão difícil.
Tropel de cavalos ao longe anunciam o perigo e as carroças se põem em correria é preciso chegar a vila pois a esta hora tropel de cavaleiros só indica uma coisa, ladrões.
Na entrada da vila a carroça de Ramiro tomba e ele e a mulher são socorridos pelos padres do monastério de Santo Thomas mas a carroça onde esta Ruam não tem a mesma sorte é saqueada e só por milagre o garoto sobrevive e foge em outra carroça.
Passam-se 35 anos desde a noite que Ruam perdeu-se do irmão, ele voltou ao monasterio, mas la disseram que o casal tinha partido atrás do bando na manha seguinte e nunca mais voltou. Ruam agora era líder de um dos maiores grupos de cigano da Europa, seu grupo viajava com 26 carroças, vendiam objetos de cobre, produziam utensílios domésticos e especiarias do oriente e até alguns objetos de ouro e prata. O povo não tinha tanto preconceito agora porem a burguesia e os comerciantes que pagavam impostos não gostavam da concorrência e reclamavam aos representantes do rei que vinham cobrar tributos. O rei da Espanha fazia vista grossa pois tinha coisas mais importantes para fazer.Os comerciantes foram se queixar a igreja .
– Estes vagabundos não reconhecem Jesus , não vão a igreja, não se confessam e vivem fazendo adivinhações para as pessoas por onde passam.
Martin Francelino era um dos mais severos juízes do tribunal da inquisição.
Com uma criação rígida Martin considerava que os ciganos eram uma praga que deveria ser exterminada.
Martim era um homem influente em Roma e amigo pessoal do Papa e por isso estava na Espanha onde haviam muitas pessoas consideras hereges e também tinha feito uma limpeza na França e agora pretendia limpar a Espanha e o bando de Ruam seria o exemplo para que outros não viessem para aquelas terras.Em 3 meses de caça o grupo de Ruam havia sido exterminado, a maioria foi queimada por heresia e os que escaparam da fogueira foram levados junto com Ruam ao monastério de Santo Thomas em Ávila e ali seriam julgados e condenados .
Não tinha como Ruam não lembrar da rua e do pátio do monastério onde tinha perdido seu irmão.
Ao entrar no pátio do monastério Martim aclamado pelos que ali estavam e o monge que o recebeu lhe disse :
– É bom ter vossa excelência de volta aqui sempre será sua casa, o cardeal chefe do priorado esta acamado, mas faz questão de sua visita e pede que vá velo assim que puder.
-Sim ,quero resolver isto o quanto antes, se este tal Ruam aceitar a Nosso Senhor e renunciar as praticas de bruxaria vou lhe dar o perdão papal para que vejam que queremos salvar as almas e não queimar os homens.
-Vossa excelência me perdoe mas não acho correto, podemos salvar a alma mas o homem já esta perdido pelo pecado.
-Também acho, mas o Papa quer mostrar benevolência a esta gente para melhorar a imagem da Santa Igreja e pra mim é a mesma coisa queima-lo aqui
ou no inferno.
Ruam era um homem de bom coração e considerava as praticas da igreja como uma agressão as pessoas de valor que só faziam o bem.
Ver seu povo destruído tinha colocado ódio em seu coração ,mas sabia que seu fim estava próximo e não tinha nada mais o que fazer .
Durante anos lutou por seu povo e pelas idéias de liberdade e agora não mudaria; estava disposta a morrer na fogueira só para não aceitar que outro homem ditasse-lhe regras de como viver.
Martim comandou, assistiu e participou de muitas horas de tortura e não se amolecia facilmente, levar alguém a morte pela tortura pelo simples fato de não aceitar beijar a mão de um cardeal era coisa normal para ele.
Ruam foi torturado por 2 dias com o cuidado para que não morre-se pois Martim queria sua conversão, Ruam ainda disse a Martim que não se importava de morrer ali, pois já erra pra ter morrido a muito tempo.
Ruam enquanto era torturado relatou a sua historia ao seu torturador mas Martin não se comovia com estas ladainhas como ele mesmo dizia.
Ruam morreu na fogueira no dia seguinte.
Martim havia terminado seu trabalho e foi se despedir do cardeal.
O cardeal já estava muito velho e vendo chegar sua hora precisava abrir seu coração.
-Martim sinto chegar minha hora, e não quero levar comigo o segredo que guardo sobre sua família.
-Como assim minha família ,minha mãe e meu pai eram comerciantes da vila e morreram da peste negra, fui criado aqui pelo senhor; o senhor é minha família e ainda não é sua hora.
-Esta não é toda a verdade, sua mãe e seu pai eram perseguidos por ladrões e tombaram a carroça em que estavam bem nas portas do monastério, quando você nasceu eles foram embora pois não queriam que você fosse perseguido como eles.
Martim não falou nada e se retirou, ele sabia agora que era cigano e que havia perseguido e torturado seu povo e pior tinha mandado pra fogueira o único parente vivo que sabia que tinha Ruam.
Martim foi encontrado na torre do monastério onde se enforcou na mesma noite.
No mundo espiritual se tornou o Exu Corcunda por carregar nas costas os pecados cometidos pelas mentiras de um mundo perfeito