terça-feira, 1 de agosto de 2017

MÊS DE ATENÇÃO

MÊS DE ATENÇÃO....

Destinado ao mais temido e respeitado Orixá do Panteão Africano: Xapanã. Dividido em algumas qualidades como: Jobiteí, Jobiteiú, Beludjá, Sapaktá e outros, conforme os cultos regionais.
É o Orixá da transformação.
Padroeiro dos pobres, humildes e doentes, assim é conhecido o Orixá Obaluaiyê ou Xapanã, um dos mais temidos e respeitados.
Tem o poder de cura, mas também pode provocar doenças, principalmente como a varíola e as enfermidades de pele, de todos os gêneros infecciosos. É o médico dos pobres, é um Orixá ambivalente e à ele são atribuídas as doenças contagiosas: a febre, doença de pele, cegueira surdez, catapora e sarampo são considerados manifestação de Xapanã, que leva seres humanos a regeneração de algum mau costume. Dono do interior da terra, está ligado ao mistério, ao oculto.
É reverenciado no silêncio da morte. Ao mesmo tempo em que o Orixá Bará desfaz os fluídos grosseiros e pesados, Xapanã desintegra as pequenas cargas de energia negativa.
Recorre-se à Xapanã, em praticamente todos os tipos de problemas do cotidiano. Com suas polaridades e inversões, faz lembrar que Xapanã, com seu Bará, seu princípio dinâmico do existir não é apenas sofrimento e morte, mas também transformação e vida.
Bará e Xapanã encontram-se na pele.
Obaluaiyê quer dizer Rei e Dono da Terra, sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte.
Usa o azê, capacete de palha-da-costa, ou o filá, capuz de palha-da-costa e carrega na mão o xaxará, feixe de fibra de palmeira, enfeitado com búzios. Sua vestimenta é utilizada principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. Compostos de duas partes o filá e o azê, a primeira parte (a de cima, que cobre a cabeça) é uma espécie de capuz trançado, de palha-da-costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura; o azê, seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha-da-costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um xokotô, espécie de calça, também chamado cauçulú, em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris (búzios), revela sua importância e ligação com a morte.
Sua festa anual é o Olubajé (feita somente em outras culturas, não no Batuque): Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer; ou ainda aquele-que-come, são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas.
Xapanã está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade.Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.
Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes. Está relacionado a terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol, calor que lembra a febre das doenças infectocontagiosas.
Xapanã está no organismo, no funcionamento desse. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos. Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Como também em locais onde existam pesquisas, estudos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos.
Ele proporciona a doença, mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia. Xapanã é a força da natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mau humor, a intranquilidade.
É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Xapanã está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.


ABAO, XAPANÃ!


ATOTÔ, OMULU, OBALUAIYÊ, Senhor da Vida e da Morte!

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